Com a proximidade do dia do Exame Nacional do Ensino Médio, muitos alunos ficam ansiosos para saber como se sairão neste, que tem, cada vez mais concorrentes, se mostrando um importante momento na vida do estudante brasileiro, haja vista que, com os resultados obtidos no Exame, poderão escolher entre um grande número de Universidades, sem necessidade de fazer um novo vestibular.
Entretanto, uma das perguntas que os estudantes mais fazem é a respeito da pontuação mínima e máxima para cada área. Na edição de 2013, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – organizador do Enem, fez a divulgação da menor e da maior nota para cada uma das quatro áreas de conhecimento presentes na prova. Vejamos a seguir:
Mín |
Máx |
|
Ciências Humanas |
295,6 |
874,9 |
Ciências da Natureza |
303,1 |
864,9 |
Linguagens e Códigos |
295,2 |
817,9 |
Matemática |
277,2 |
955,2 |
Com esses números em mãos, cremos também ser interessante esclarecer como a banca do Enem organiza seu modo de avaliação e como é feita a atribuição de valores, para que se chegue ao resultado, a partir do qual se faz cálculos sobre a média de mínimos e máximos, como acabamos de observar.
É necessário, para compreender completamente o processo, que imaginemos uma régua, cuja gradação tem como centro, o valor 500 – que, na verdade, corresponde à média obtida pelos candidatos no exame de 2009, que marcou o surgimento do novo Enem – portanto, qualquer aluno que obtenha 500, mesmo em 2013, estará exatamente na média histórica.
A partir daí, tendo 500 como ponto médio, a variação ocorre a cada 100 pontos, acima e abaixo do centro. A régua mede de 0 a 1000 pontos – essa divisão seria uma espécie de “desvio padrão” da média dos alunos de 2009.
Após a elaboração dessa “régua-guia”, as variações de pontuação podem ser de décimos – 500,1 ou 682,7, por exemplo – é importante destacar ainda que, como em 2009 o resultado dos alunos foi aferido por área de conhecimento, separadamente, cada um dos 4 segmentos da prova tem sua própria régua.
Em relação às questões da prova, são posicionadas “sobre” a régua, cada qual com sua dificuldade particular, o que sempre faz com que a questão seja localizada em relação ao centro da régua, que significa a média – 500. Justamente essa segmentação das várias questões, faz com que, cada resposta posicione o aluno em relação a seu próprio conhecimento.
Para servir ao propósito de medir os conhecimentos de alunos oriundos do Ensino Médio, o Ministério da Educação faz uma seleção de 45 questões em cada uma das 4 áreas de conhecimento, o que totaliza 180, no exame completo. Esse conjunto é reunido, tendo, por objetivo equilibrar os patamares de dificuldade – fácil, médio e difícil.
Assim, o resultado de cada aluno acaba tendo bastante coerência, porque, mesmo em uma mesma questão, cada resposta tem um peso diferente, pois é avaliado o nível de conhecimento do aluno, ou se foi apenas um “chute”. Então, mesmo que candidatos distintos acertem as mesmas questões, suas notas podem, tranquilamente, ser diferentes.