1. Sobre os transportes
Investimentos no setor do transporte facilitam a mobilidade de insumos e produtos finais, aumentam a competitividade das exportações, ajudam a reduzir os preços no mercado interno e causa estímulo ao desenvolvimento e a incorporação de novas regiões.
Em relação à expansão do sistema de transporte no Brasil, podemos dizer que, inicialmente, houve a integração de ferrovias e portos na comercialização agrícola com destino à exportação. Com a aceleração da indústria, foi necessário que o sistema de transporte resistisse aos fluxos adicionais de bens intermediários e finais, para atender o mercado interno.
A grande dificuldade enfrentada pelo país refere-se às grandes distâncias que separam as regiões e perfazer a falta de meios de transportes rápidos, eficientes e baratos que faça a interligação e a escoação de suas produções, e o transporte de passageiros.
Com a expansão do mercado interno, novas modificações foram geradas nas escalas de produção. Com os novos dados da realidade econômica foi necessário rever a fundo a tradicional concepção da política de transporte, centrada principalmente, na estrutura viária.
Por volta de 1980 foi determinada uma nova política de transportes, perante as necessidades criadas pela nova fase de desenvolvimento econômico do país.
Um relatório do Banco Mundial avalia que a má utilização das ferrovias e a preferência pelo transporte de carga nas estradas acarretam o desperdício de US$ 3 bilhões anuais no Brasil. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro aponta que: o Brasil gasta um sobrecusto de US$ 3,5 bilhões anuais por reter os caminhões por 1 hora nos postos de fiscalização, tempo considerado desnecessário, já que na Europa a checagem ocorre em no máximo 5 minutos. Dos 52 mil quilômetros de rodovias federais brasileiras 51% estão em péssimas condições, e isso ocasiona um prejuízo econômico de 2,5 bilhões anuais. Com os atrasos no escoamento da safra de grãos, todo ano o país leva um prejuízo de 15 milhões de toneladas, equivalente a 20% da produção.