Mecanismos de transporte da seiva elaborada
Existem várias hipóteses que explicam o transporte de seiva orgânica nos vegetais. A mais reconhecida atualmente é a Hipótese elaborada por Münch, que é chamada de Hipótese do Transporte em Massa ou Hipótese de Münch.
Esta hipótese está fundamentada no movimento da seiva orgânica, que foi explicada da seguinte maneira:
Münch utilizou dois osmômetros idênticos, representados por A e B, que estavam ligados por um tubo de vidro (capilar), representado por C. Sendo assim, A e B foram submergidos em dois recipientes com água, representados por 1 e 2.
Foram introduzidas nos osmômetros soluções de sacarose, sendo que a solução do osmômetro A é mais concentrada do que a solução do osmômetro B.
Veja que ocorre a entrada da água dos recipientes para os osmômetros, por osmose. E no osmômetro A, devido à concentração da solução, a passagem é mais rápida, fazendo com que o osmômetro A fique com grande quantidade de água.
Essa água, que está em excesso no osmômetro, tem uma tendência a seguir para o tubo de vidro, arrastando as moléculas de açúcar para o osmômetro B.
O osmômetro B, agora que recebeu grande quantidade de água, envia parte deste líquido para o recipiente 2, onde em seguida, esse liquido vai do recipiente 2 até o recipiente 1, através de outro tubo de vidro que liga os dois recipientes.
No inicio, este processo ocorre em alta velocidade pelo fato das soluções dos dois osmômetros serem diferentes, mas à medida que elas vão se igualando a velocidade começa a diminuir.
Müch fez uma comparação do processo que ocorreu no seu dispositivo com o que acontece com os vegetais:
• O tubo de vidro que liga os dois osmômetros é comparado ao floema, e o tubo de vidro que liga os dois recipientes de água é comparado ao xilema.
• O osmômetro A corresponde ao parênquima clorofiliano, pois ele possui uma forte pressão osmótica causada pela intensidade da fotossíntese.
• O osmômetro B corresponde aos parênquimas de reserva, ou a qualquer outro tecido cuja pressão osmótica é baixa.
Portanto, conclui-se que a água vai até o parênquima clorofiliano através do xilema, onde ele arrasta as substâncias orgânicas produzidas na fotossíntese até o floema, que são levadas para os parênquimas de reserva.