Saiba a maneira correta de classificar os verbos
Por Victor Palandi
A língua portuguesa é rica de detalhes. Por isso, é considerada uma das mais complexas de se aprender. Não são muitos os países que acabam tendo ela como idioma mãe, mas ela tem destaque no cenário mundial.
Uma das maiores dúvidas que rondam quem está aprendendo a língua é como ela pode ser irregular. Isso porque seus verbos são conjugados, o que causa certa confusão na cabeça de quem está assimilando o idioma. Então, mostramos as formas que podemos classificar os verbos, assim, tentando esclarecer um pouco como tratamos a língua.
A maneira correta de classificar os verbos da nossa língua mãe é em cinco categorias distintas. Assim sendo, os verbos podem ser regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes. Com as suas características específicas na hora de conjugar cada verbo.
A melhor forma de conseguir perceber em qual categoria o verbo em questão se encaixa é o conjugando no presente do indicativo. A partir dessa conjugação, nem que seja por percepção fonética, você conseguirá distinguir em qual classificação o verbo que você está discutindo está inserido. Só que tenha muita atenção para não inventar palavras.
Resumo:
Verbos regulares
Esse é o tipo de verbo mais fácil de entender e ensinar. Isso porque ele não altera seu radical na hora de uma conjugação, seja lá qual for o tempo verbal, o radical será o mesmo em todos os pronomes e a terminação que se relaciona ao tempo verbal completa perfeitamente as palavras em questão.
Conjugação do verbo regular MANDAR:
Eu mando
Tu mandas
Ele manda
Nós mandamos
Vós mandais
Eles mandam
Verbos irregulares
Ao contrário dos verbos regulares, nessa categoria o radical se altera em alguns casos determinados. Isso se entende muito mais pela fonética, mas a regra ortográfica é clara. Eles também podem alterar as terminações, ao invés do radical.
Conjugação do verbo irregular OUVIR:
Eu ouço
Tu ouves
Ele ouve
Nós ouvimos
Vós ouvis
Eles ouvem
Verbos anômalos
Nessa categoria, os verbos podem apresentar mais de um radical. Ou seja, dependendo do tempo que o verbo é conjugado, seu radical muda. É diferente do verbo irregular, pois o radical muda como um todo dependendo do tempo. Um exemplo desse tipo de verbo é o IR (vou, fui, irei) ou SER (seja, era).
Verbos defectivos
Os verbos situados nessa categoria não apresentam-se em todas flexões disponíveis no tempo verbal. Ou seja, nem todos os pronomes são capazes de conjugar um verbo defectivo.
Conjugação do verbo defectivo REAVER:
Eu #
Tu #
Ele #
Nós reavemos
Vós reaveis
Eles #
*(#) significa que não se conjuga nessa flexão desse tempo verbal.
Verbos abundantes
Existem alguns verbos que é possível conjugar no mesmo tempo e flexão pronominal de formas diferentes. E isso não quer dizer que uma delas esteja errada. Pode ser mais comum conjugar de uma maneira ou outra, mas isso não exclui a outra conjugação.
Conjugação de alguns verbos abundantes comuns:
ACEITAR – aceitado/aceito
ACENDER – acendido/aceso
CORRIGIR – corrigido/correto
ELEGER – elegido/eleito
FRITAR – frItado/frito
INSERIR – inserido/inserto
LIMPAR – limpado/limpo
MATAR – matado/morto