Regência nominal e regência verbal
Por Mariana Sousa
A regência, na gramática da língua portuguesa, representa a relação de subordinação entre os verbos (ou nomes) e os respectivos complementos. A regência se ocupa de criar relações entre as diferentes palavras. Ela também é responsável por retirar as ambiguidades das orações, para que estas possam efetivamente surtir o efeito que se deseja. Para que a frase esteja clara e escrita dentro das normas.
Para que se aprenda as especificidades que cercam a regência nominal e verbal é preciso observar, antes de mais nada, que dentro do universo gramatical o termo nominal deriva de “nome”. Nome, na gramática, está ligado aos substantivos, adjetivos e advérbios.
Portanto, quando se faz uso de determinados vocábulos apresentados pela língua portuguesa, também é importante que eles sejam agrupados de maneira a que se consiga melhor elaborá-los no pensamento. Nesse momento, também é possível observar que tanto o nome quanto o verbo não possui o sentido desejado quando estão desacompanhados de outros termos. Aí se comprova, efetivamente, a relação de dependência que existe entre os termos gramaticais, sejam eles substantivos, verbos, adjetivos ou advérbios. Nesse momento também se compreende melhor como eles se relacionam.
Resumo:
Entenda o uso da regência
Para que se compreenda melhor o que acabou de ser citado acima, vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo 1: Devemos obedecer AOS mais experientes.
Nesse caso, a pergunta é feita diretamente ao verbo. A quem se deve obedecer? Aos mais velhos. Nesse momento, fica mais claro o porquê da construção.
Com esse exemplo, podemos observar que o verbo obedecer e seu complemento respectivo estão ligados, intermediados por uma preposição.
A depender da predicação verbal, o completo também pode vir sem o uso do elemento de ligação prepositivo.
Exemplo 1: Ela está apta AO emprego.
A partir disso, entendemos que os adjetivos “aptos” (classificados como nomes) também demandam complementos acompanhados de preposições. Esses fatos são plenamente comprovados quando se faz a pergunta ao próprio adjetivo. Exemplo: “isso é apto a quê”? Ao trabalho, ao prêmio, à colocação.
O segredo mora nas preposições
Para uma adequada compreensão do conteúdo de regência verbal é de extrema importância que se conheça de forma mais profunda o universo das preposições. É um aspecto fundamental ainda que as demandas sejam relacionadas à regência nominal.
A preposição é capaz de alterar completamente os sentidos das palavras que estão sendo ditas. Observe os exemplos abaixo:
Cheguei ao ônibus.
Cheguei no ônibus.
A primeira frase aponta que o ônibus é o local a que estou me dirigindo. No segundo exemplo, o ônibus é o meio de transporte que estou utilizando. A oração “Cheguei no ônibus”, dentro das normas cultas, acaba ganhando um novo sentido. Os especialistas explicam que é interessante a existência de tais divergências entre o modo coloquial e culto. Assim, percebe-se a importância dos verbos para a língua e sua aplicação no cotidiano.
O estudo da regência verbal envolve o agrupamento dos verbos a partir da transitividade. Essa característica, por outro lado, não é sempre absoluta. Um mesmo verbo pode atuar de formas diversas em frases diferentes.