Novo acordo ortográfico: principais mudanças no uso do hífen
Conheça as regras para o uso do hífen a partir do novo acordo ortográfico
Por Mariana Sousa
A reforma ortográfica trouxe mudanças na grafia de diversas palavras no uso do português. Em vigor desde janeiro de 2009, é fundamental que saibamos o que há de novo com a presença do acordo ortográfico, até porque o emprego correto da língua é exigência cada vez mais presente na sociedade.
A utilização do hífen, considerada de difícil compreensão por muitos, também sofreu alterações. De maneira didática e de simples entendimento, você poderá aprender rapidamente as novas regras, basta dedicar um pouco do seu tempo com atenção.
Resumo:
Palavra iniciada por h
Para começarmos, saiba que diante de palavra iniciada por h usa-se o hífen. São exemplos: anti-histórico, anti-higiênico, super-homem, sobre-humano, mini-hotel, macro-história, além de outras palavras que seguem a mesma explicação gramatical.
Mesma letra ou vogal
O hífen também será empregado nas palavras cujo prefixo terminar com a mesma letra (vogal ou consoante) com que se inicia a palavra seguinte. Antes da reforma ortográfica não havia essa regra, de maneira que inexistia a presença do hífen. Ficou ruim de entender? Então preste atenção nos seguintes exemplos: micro-ondas, anti-inflamatório, micro-organismo, inter-regional.
Outras regras
Perceba que a separação por hífen ocorre entre palavras que possuem idêntica letra, seja vogal ou consoante. Sendo assim, não há uso do hífen se a terminação do prefixo ocorrer com letra diferente daquela com que se inicia a próxima palavra. Seguem mais exemplos para ilustração: autoescola, superinteressante, semicírculo, anticírculo, intermunicipal.
Observação importante a ser feita: caso o prefixo termine por vogal e a palavra seguinte iniciar por r ou s, essas letras devem ser dobradas, permanecendo juntas. Como exemplos: antirracismo, minissaia, semirreta.
Outra situação corriqueira do emprego do hífen diz respeito à grafia da palavra mal seguida daquela iniciada por vogal, ou ainda por h ou l. Dessa forma: mal-humorado, mal-entendido, mal-estar.
As situações gerais são diversificadas e não se esgotam rapidamente, portanto mantenha a atenção porque o hífen também não deve ser esquecido nos casos de prefixos recém, além, aquém, pós, pró, pré, ex, sem, vice. Para que você consiga visualizar, seguem mais alguns exemplos: ex-aluno, ex-diretor, além-mar, pós-graduação, pré-história, recém-nascido, recém-casado, sem-terra.
Palavras compostas que denominam espécies de animais, plantas, flores, frutos, sementes e raízes também possuem hífen. Essas palavras, de tão específicas que são, não são de difícil visualização. São elas: bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, peixe-espada, mico-leão-dourado, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, além de outras.
Da mesma forma que no parágrafo anterior, é de fácil ilustração que palavras compostas derivadas de nomes de lugares, ainda que não possuam elementos de ligação, devem ser escritas com hífen. São exemplos: sul-africano, porto-alegrense, belo-horizontino, rio-grandense-do-norte.
Na próxima situação você certamente não terá dificuldade de memorizar. Saiba que palavras cujo prefixo é de origem da língua tupi-guarani também devem observar a regra do emprego do hífen. Alguns exemplos podem ser encontrados nas seguintes palavras: jacaré-açu, cajá-mirim, anajá-mirim, dentre outras.
Tão importante quanto saber quando o hífen deverá ser empregado é estar ciente dos casos em que ele não será utilizado. Assim, em casos de prefixos pre e re, não há uso de hífen. Exemplos: reescrever, preexistir, reeditar.
Fique atento às mudanças! Bons estudos!