Descrição objetiva e subjetiva
Por Mariana Sousa
Quando se estuda o universo da linguagem escrita, muitas outras facilidades são observadas no registro e sistematização do conhecimento. O conhecimento da linguagem abre diferentes universos de ampliação da compreensão de mundo. A linguagem torna a comunicação muito mais fácil e eficaz.
O ato de relatar algo para alguém ou algumas pessoas é fantástico. É o seu olhar sendo transmitido para outras pessoas. Uma viagem de sonhos, um acontecimento histórico, qualquer que seja o fato, também é preciso que ele seja bem descrito. A descrição é um tipo de texto. Assim como também existem a dissertação e a narração.
A descrição é um momento de expor ideias e opiniões, características e adjetivos de algo que já nos é conhecido, ao qual já passamos por um estudo.
Resumo:
Quais os tipos de descrição?
Objetiva: vamos supor que você nunca tenha visitado uma floresta. E, finalmente, descobre esse universo. Ou mesmo uma ilha, uma praia diferenciada. No momento em que você vai descrever esses fantásticos lugares, você consegue elencar uma série de características concretas sobre os locais. Você fala dos traços físicos, palpáveis. Consegue definir tamanho, exatas noções de localização, como tais locais são habitados. Esse é um tipo de descrição objetiva. É o que ocorre no ambiente jornalístico, nas reportagens. Tudo é descrito de forma muito objetiva, sem envolvimento do jornalista. Ele não diz o que sentiu. Apenas relata o que presenciou. A não emissão de opinião é a característica da descrição objetiva.
Subjetiva: por outro lado, você visitou esses três locais, está encantado com a beleza e também captou muito das suas emoções em relação às belezas. Você trata da sua emoção ao ser impactada pela paisagem. Fala da imensidão e de como isso te faz crer em um plano infinito. Você descreve como enxerga a felicidade das pessoas em também conhecerem tais espaços. Fala do sol, descreve o quanto o dia estava mágico. Você transforma em palavras todo o seu encantamento com o mundo. Coloca seus sentimentos pra fora. As aventuras, o clima bucólico e selvagem são contraditoriamente descritos por você. Diante desse tipo de situação, estamos diante de uma descrição subjetiva. Ela é impregnada, está recheada de nossas impressões particulares. É pessoal.
Em algumas situações é possível observar traços descritivos em outros tipos de texto. Em uma narração, por exemplo, há diversos momentos de traços descritivos. Invariavelmente, eles poderão ser subjetivos ou objetivos. O critério é de quem relata. O importante, para o bom “descritor” é envolver o leitor, fazer com que ele se sinta parte do local, mesmo estando distante dele. Na maioria das vezes, os grandes romancistas são altamente admirados justamente por essa capacidade criativa. E, mais ainda, quando se tratam de histórias que não envolvem um elemento real, mas sim o universo gigantesco que é o cérebro humano. Daí surgem elementos muito clássicos na literatura, a exemplo do realismo fantástico. O escritor Gabriel Garcia Marquez representou um dos nomes dessa escola literária e foi considerado um dos grandes mestres em seu ofício.