Aposto explicativo
Por Redação
, atualizado em
O aposto é um tipo de termo que assessora a oração. De forma resumida, ele vai sintaticamente se ligar a outros termos da oração para prestar esclarecimentos, explicações, detalhamentos. Por vezes, vai desenvolver a ideia, enumerar, resumir. Em outras situações, mostrar especificidades e comparar. É um tipo de acessório textual que enriquece a escrita e a própria fala, pois traz novidades sobre o que compõe a oração.
O aposto aparece antes ou após o termo a que se liga. Pode aparecer em destaque ou com sinais de pontuação. O travessão, a vírgula e o dois-pontos são os mais usados. Também é observado entre preposições, expressões que servem para explicar e etc.
É justamente sobre o aposto explicativo que falaremos no artigo de hoje. Ele é usado para explicar ou esclarecer os termos das orações. Sempre em destaque por vírgulas, travessões ou parênteses. Observemos abaixo.
Joana, a melhor aluna da Universidade, passou de forma espetacular pelo processo de intercâmbio em Harvard.
Dona Maria, a vizinha do apartamento 103, está com dificuldades para dormir em função do elevado ruído dos vizinhos.
Lobo mal, o terrível.
Juliana, a menina que demos abrigo, estava desolada.
A morte, espera de quem é vivo, ocorre para todos.
ECA ( estatuto da criança e do adolescente).
Resumo:
Vamos treinar um pouco?
Observe abaixo uma questão que envolve o uso da vírgula e do aposto explicativo. Ela foi retirada do site www.gramatiquice.com.br.
As vírgulas foram usadas para separar um termo explicativo (aposto) na alternativa
a) “Numa instituição religiosa como a Ordem Dominicana, há oitocentos anos o fim do mandato de um superior se traduz na demissão compulsória de todos por ele nomeados”.
b) “Assim, evitam-se o continuísmo, do ponto de vista político, e o carreirismo, do ponto de vista administrativo”.
c) “Na administração pública brasileira pode-se mapear, em detrimento do decoro, frondosas árvores genealógicas”.
d) “Hoje, essa ‘economia das mercês’ explica a presença, no governo federal, de ministros que até ontem lhe faziam acirrada oposição e até o consideravam ‘o mais corrupto da história do Brasil’ (Mangabeira Unger)”.
e) “Se nossos desmandos têm origem na colônia, isso não significa que nós, brasileiros, somos irremediavelmente macunaímicos, sem caráter”.
E a resposta correta é a letra “E”.