Franklin Távora
Por Mariana Sousa
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João Franklin da Silveira Távora nasceu no Ceará, em 1842, sendo filho de Camilo Henrique da Silveira Távora e Maria de Santana da Silveira. Concluiu os estudos iniciais em Fortaleza, mas em seguida foi morar em Pernambuco. Em Recife e Goiás também estudou Direito, concluindo a graduação em 1863. Atuou ainda como jornalista, romancista, teatrólogo e político. Assumiu alguns cargos públicos, mas mudou-se para o Rio de Janeiro em 1874. Ali, trabalhou no Império. Como jornalista, escreveu A Consciência Livre (1869 a 1870) e A Verdade (1873).
Na literatura, dirigiu a Revista Brasileira (1879 a 1881) e remontou a história de Pernambuco. Aprofundou as pesquisas no folclore, tradições do povo e lendas do Nordeste. No teatro, concluiu “Um mistério de família” (1861) e “Três Lágrimas” (1870).
Na política, atuou como Deputado Provincial e foi um dos opositores de José de Alencar, por discordar de seus idealismos românticos. Defendeu ideias que renderiam o Realismo e o Naturalismo no Brasil, mas não apresentou traços românticos. Com o pseudônimo de Semprônio escreveu “Cartas a Cincinato”, quando acirrou sua intriga com José de Alencar e passou a defender uma literatura mais regional. Diferente da maioria dos românticos, usou e abusou do nacionalismo e do regionalismo.
Fundador da Associação dos Homens de Letras também assumiu a sociedade do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Ocupa a cadeira 14 na Academia Brasileira de Letras, por escolha de Clóvis Beviláqua, um dos fundadores. Com desilusões políticas e literárias, acabou queimando alguns de seus textos no final da vida. Morreu em 1888 no Rio de Janeiro.