Modernismo 2

1. REPERCUSSÕES DA SEMANA DE ARTE MODERNA

a) SALDO NEGATIVO – De uma maneira geral, a imprensa falou mal da Semana de Arte Moderna. O Estado de São Paulo, maior jornal paulista da época e um dos maiores do Brasil, mostrou postura ética admirável, tratando o tema com sobriedade. Mas havia em suas páginas uma “Sessão Livre” que, como sugere o nome, publicava opiniões quaisquer, desvinculadas da linha editorial do jornal. Ali, críticas ferinas foram feitas à Semana de Arte Moderna:

“São uns pândegos, filhos de famílias ricas que decidiram ser modernos apenas porque não sabem rimar”.

“Sabes por que Graça Aranha resolveu vir do Rio para participar dessa estudantada? Porque está apaixonado pela irmã de Paulo Prado, a Nazaré, e diz-se à boca pequena que o festival foi o pretexto para uma estada prolongada na cidade”.

2. ASPECTOS GERAIS DO MODERNISMO

a) Cronologia – No Brasil, o Modernismo teve início em 1922. A partir de então, não houve, oficialmente, outro movimento literário para substituí-lo. Já se falou (e ainda se fala) em Literatura Contemporânea e Pós-Modernismo – denominações que não constituem movimentos novos.

b) Obra – Obra inauguradora: Paulicéia Desvairada (poesia, 1922), de Mário de Andrade.

c) Movimento inaugurador – Tambem a Semana de Arte Moderna (Teatro Municipal de São Paulo, 1922) pode ser considerada o marco do Modernismo no Brasil.

d) Estado de origem – O Modernismo brasileiro foi arquitetado em São Paulo, com participação de artistas locais e do Rio de Janeiro.

e) Objetivo principal – Os integrantes do movimento pretendiam dar um grito de independência contra o atraso cultural do País.

3. FATOS HISTÓRICOS

Logo após a Semana de Arte Moderna, fatos importantes marcariam o cenário político brasileiro. Os mais importantes foram:

a) Vitória de Arthur Bernardes sobre Nilo Peçanha para ocupar o cargo de Epitácio Pessoa.

b) Fundação do Partido Comunista Brasileiro.

c) Rompimento da Política do Café-com-Leite.

d) Os 18 do Forte de Copacabana (1922) – Dezessete militares e um civil iniciariam o movimento contra Arthur Bernardes, marchando pelas ruas de Copacabana.

e) Movimento Tenentista (1924).

f) Coluna Prestes (1924-27).