O que foi a Revolução Constitucionalista de 1932?
Por Victor Palandi
O feriado de 9 de julho já se aproxima para os residentes do Estado de São Paulo, mas a grande verdade é que poucos são os paulistas modernos que sabem de fato o que ele representa dentro da história paulista e dentro da história do Brasil.
Portanto, vamos conhecer um pouco mais sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, que é o verdadeiro motivador para a existência desse feriado e que teve um impacto realmente importante dentro do cenário político brasileiro naquela época.
O povo paulista não gostou nada do que ocorreu com a chamada Revolução de 1930, que culminou com a chegada do gaúcho Getúlio Vargas ao poder, e determinou o fim da autonomia dos estados perante a federação.
A Revolução de 1930 também teve a marca de ter sido o movimento que impediu a posse do ex-presidente do estado de São Paulo, Júlio Prestes, na presidência da República, colocando no poder o candidato derrotado, Getúlio Vargas.
Esse foi outro fato que desagradou ao povo paulista, fazendo com que, no dia 9 de julho de 1932 tivesse início a Revolução Constitucionalista, que também ficou conhecida como a Guerra Paulista.
A Revolução Constitucionalista de 1932 durou de 9 de julho de 1932 a 4 de outubro do mesmo ano, mas o dia em que se considera o início de tudo é 23 de maio de 1932, quando 5 jovens estudantes foram mortos a tiros por partidários da ditadura getulista.
Esses jovens eram Mário Martins de Almeida (Martins), Euclides Bueno Miragaia (Miragaia), Dráusio Marcondes de Sousa (Dráusio), Antônio Américo Camargo de Andrade (Camargo) e Orlando de Oliveira Alvarenga (Alvarenga).
Inicialmente, a morte desses jovens deu início ao movimento chamado de MMDC, em virtude dos nomes de 4 desses estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), sendo que atualmente, a historiografia incluiu o quinto nome, gerando MMDCA.
Os combates se deram durante mais de 80 dias, com muitas baixas, especialmente entre o lado paulista, que lutou bravamente sem ter muitos recursos e sem ter muitas armas.
No entanto, depois de muito insistir, os paulistas acabaram por se render perante ao maior poderio das forças do governo federal getulista, que exigiu rendição por parte dos revolucionários paulistas.
No entanto, a conclusão do levante acabou sendo a promulgação de uma nova Constituição do Brasil, que se deu em 1934, e que para muitos historiadores, teve como maior influência a Guerra Paulista de 1932.