Império Otomano – Início, auge, estagnação e declínio
O Império Otomano existiu de 1299 até 1922, e teve sua origem na região da Anatólia, pelas mãos de algumas tribos oguzes que habitavam aquela região.
Por Victor Palandi
Muitos falam do Império Romano como sendo um dos maiores que o mundo já viu, mas quase sempre, por sermos ocidentais, acabamos por nos esquecer da grandiosidade de outro império que teve grande influência no mundo como um todo: o Império Otomano.
Resumo:
O início do Império Otomano
O Império Otomano (também conhecido por Império Turco-Otomano) existiu de 1299 até 1922, e teve sua origem na região da Anatólia, pelas mãos de algumas tribos oguzes que habitavam aquela região.
O nome Otomano deriva dos seus governantes, que formavam a Dinastia Otomana, que tem suas origens em Osman, que era filho do fundador do império, Ertughrul. Osman em árabe é Uthman, ou simplesmente Otman. Daí o nome Otomano.
O auge do Império Otomano
No auge de sua dominação, o Império Otomano possuía um território de 5000 000 km², chegando até o Estreito de Gibraltar em sua porção oeste e indo até às margens do Mar Cáspio e do Golfo Pérsico em sua porção leste. Ao norte, o Império Otomano esbarrava na região onde hoje ficam a Áustria e a Eslovênia modernas, e ao sul, seu território fazia fronteira com a região onde atualmente ficam o Sudão e o Iêmen.
A capital do Império Otomano era a maravilhosa e cosmopolita cidade de Constantinopla, que já recebera o nome de Bizâncio e que atualmente se chama Istambul, capital da atual Turquia.
A queda de Constantinopla do decadente Império Bizantino (também conhecido como Império Romano do Oriente) se deu em 29 de maio de 1453, e é considerado um marco na História da humanidade, já que lá residiam os vestígios do gigantesco e outrora poderosos Império Romano.
Esse evento também marcou o ponto alto da trajetória do Império Otomano, que estava em franca ascensão desde 1299.
Após o auge, crescimento e estagnação do Império Otomano
O Império Otomano atingiu seu auge com a tomada de Constantinopla em 1453, mas viu seu crescimento aumentar ainda mais nos anos subsequentes, atingindo diversos territórios da Europa daquela época, tornando o império ainda mais importante, temido e respeitado.
No entanto, depois desse crescimento, um período de estagnação acabou por pairar sobre o Império Otomano. Esse período se deu de 1699 até 1822, e foi marcado também por uma série de reformas estruturais importantes, mas que em longo prazo, acabaram por se mostrar equivocadas.
Os otomanos foram marcadamente conhecidos por suas contribuições para o avanço das ciências e para o avanço da tecnologia, já que foram criadas muitas instituições de ensino importantes, que aliavam os conhecimentos matemáticos e filosóficos islâmicos aos conhecimentos de outras culturas do oriente, como a chinesa, com a pólvora e a bússola, por exemplo.
No entanto, no período da estagnação, as reformas conservadoras acabaram por lançar o Império Otomano no atraso e nas trevas.
O declínio do Império Otomano
No período subsequente, o Império Otomano já começa a dar mostras de declínio, o que acabou por se consumar durante os eventos próximos à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse conflito, o império acabou por se aliar à Alemanha contra um inimigo em comum: a Rússia.
Com a derrota da Tríplice Aliança (Reino da Itália, Império Alemão e Império Austro-Húngaro), o Império Otomano, que era um dos aliados, acabou por ser dissolvido em diversos territórios menores.
Em 1922, finalmente chegou ao fim, de modo decadente, exatamente como ocorrido com o Império Romano.