A cultura persa
Por Mariana Sousa
Quem são os persas? Eles representavam habitantes do Irã ou ainda grupos de expatriados de alguns países vizinhos, especialmente da região do golfo Pérsico. Em determinado momento, muitos dos persas migraram para a Europa e América do Norte em busca de melhores condições de vida.
Um dos traços marcantes desse grupo está localizado no idioma, bem como os aspectos culturais muito peculiares que sobreviveram à história.
Na arte, os persas receberam grande influência dos egípcios e dos mesopotâmicos. Amplas plataformas e imponentes terraços com tijolos de cores fortes compõem alguns dos exemplos. Além disso, muito material esmaltado.
No âmbito da religião, o traço mais forte é o do zoroastrismo. Desenvolvida por Zoroastro, mentor que viveu entre 628 e 551 a.C, ela gerou influências em outras religiões. O zoroastrismo prega que existem duas forças em conflito no universo: as forças do bem e as forças do mal. Há um deus, chamado de Ormuz, que tem como símbolo o fogo. Essa é a representação do bem. O mal, no zoroastrismo, é representado por uma serpente, com o nome de Arimã.
Cada ser, de acordo com Zoroastro, deve buscar a prática do bem e da justiça. Dessa forma, quando ocorrer o “Juízo Final”, o deus vitorioso será Ormuz. E não haverá prevalência do mal. Com isso, conquista-se um espaço no paraíso, com a tão sonhada vida eterna. O próprio cristianismo incorporou tais ideias séculos depois. Os imperadores persas governavam a região a partir de um livro chamado Avesta.
Resumo:
Decadência do império persa
Um conflito entre gregos e persas acabou resultando em graves problemas para o império do povo iraniano. O fato se deu a partir da tomada do chamado estreito de Bósforo e Dardanelos na região do mar Negro. As forças persas conquistaram os dois territórios, mas essa vitória gerou prejuízos comerciais para os gregos.
Um clima de tensão entre os dois povos foi instalado, com longa guerra no período de 490 a.C. Nesse período, Dario (guerreiro persa) programou uma invasão à Grécia, mas sofreu derrota durante a famosa batalha de Maratona. Dario morreu e o “trono” foi passado para o seu filho, conhecido como Xerxes. As batalhas contra a Grécia foram mantidas e mais derrotas foram constatadas em em 480 e 479 a.C, nas lendárias batalhas de Salamina e Platéia.
Com todo esse processo negativo em curso, os guerreiros persas optaram por se retirar da região. A Grécia manteve-se hegemônica entre todo o mar de Egeu e a região da Ásia Menor, conhecida como Lídia.
A decadência do império persa levou à revolta interna. Grupos chamados de satrapias voltaram-se contra a forma de governo em vigor na Pérsia e os conflitos foram se avolumando cada vez mais.
Mesmo enfraquecida, a Pérsia ainda se dispôs a lutar durante a Guerra do Peloponeso (entre Esparta e Atenas). Porém, facções internas chamadas de satrápias se revoltaram contra o domínio persa. Internamente a luta pelo poder tornou-se mais e mais violenta. Entretanto, durante a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta) os persas tomaram novamente a Ásia Menor.
Foi após a morte de Dario III, um dos últimos imperadores persas, que o tão falado Alexandre Magno conseguiu dominar plenamente a região dos iranianos. As satrápias foram incorporadas, nesse período, ao amplo império greco-macedônico.