A cultura na Era Vargas
Por Mariana Sousa
Recentemente foi lançada uma trilogia sobre um dos presidentes que teve relevante repercussão no Brasil antes do período militar. Trata-se de Getúlio Vargas. Hoje vamos falar sobre um aspecto específico de seu governo: as políticas culturais. Os historiadores explicam que a Era Vargas foi marcada por uma rica diversidade de manifestações artísticas. Muito do que há no cenário cultural hoje foi consolidado nesse período.
Um dos veículos de comunicação que mais promoveu essa vertente foi o rádio. Naquela época, esse veículo reinava como grande espaço das discussões e palco da música. É desse período que também surgiram as radionovelas que eram acompanhadas, com muita animação, por milhares de pessoas.
Foi também nesse período que o samba, um dos mais importantes gêneros musicais da nossa cultura, ganhou mais prestígio pelos próprios brasileiros e independente da classe. Antes disso, era relegado às camadas populares. Mas, na era Vargas, as marchinhas eram o verdadeiro sucesso do carnaval. Esse último também figurou como importante peça da engrenagem cultural. Um espaço coletivo e popular, com diferentes classes a se divertir nas escolas de samba.
Dentre os grandes sambistas, destacam-se Francisco Alves, Mário Reis, Carmem Miranda, Sílvio Caldas e Orlando Silva. Excelentes intérpretes do cenário musical brasileiro.
Resumo:
Literatura mostrou diversidade brasileira
Em termos de literatos, muitos dos autores que fizeram sucesso nesse período estavam preocupados em mostrar a grande diversidade do povo brasileiro e o construir da nossa identidade. Muitos indivíduos e costumes formam a gigantesca nação em que vivemos. É uma espécie de Literatura Regionalista. O personagem e a história tinham seu local específico. É o momento do auge de autores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Érico Veríssimo.
Um dos aspectos negativos da gestão de Vargas foi certa limitação para os mais ousados artistas que se manifestaram nesse período. No período que compreendeu os anos de 1937 e 1945 a gestão de Vargas acabou proibindo quaisquer manifestações que viessem a criticar sua forma de governar o Brasil.
É desse período que surge o Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP. Na prática, o órgão cumpria o papel de impedir tais manifestações artísticas contrárias ao presidente. Do outro lado, tudo o que fosse para o seu louvor estaria liberado e patrocinado. Vargas esteve no poder por 15 anos. Muitas manifestações marcaram esse período longo e muitas mudanças no setor de comunicação foram observadas. A censura, por tabela, também ganhou traços fortes.