Ataques e invasões estrangeiras
Por Redação
6. Ataques e invasões estrangeiras
De 1580 á 1640, ainda estava sobre direito de propriedade da União Ibérica. O Brasil se tornou objetivo da Inglaterra, França e Holanda que lutavam com a Espanha.
Uma das mais importantes invasões, foram as holandesas, os navios das companhias das índias atacaram a Bahia em 1624 e Pernambuco por volta de 1630. Com o objetivo de renovar o comércio do açúcar com a Holanda, que havia sido proibido pelos espanhóis.
Foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, que tinha uma política de reconstrução dos engenhos que foram destruídos os danificados pelos combates. Por volta de 1640, Portugal deu início a restauração que fragmentou o domínio espanhol, mas guerra de independência da Holanda continuou.
Em 1645, a política holandesa de arrocho, provocou em Pernambuco a insurreição pernambucana. Depois de nove anos, os holandeses foram expulsos após a batalha de Guararapes.
A presença inglesa:
Os Ingleses mantinham um novo comércio ilegal com o litoral do Brasil, um comercio também com a associação de comerciantes portugueses, na década de 1530.
Deram início aos ataques de Corsários ingleses, través das conseqüentes proibições que os reis espanhóis fizeram a qualquer comércio que não fossem ibéricos.
Em 25 de dezembro de 1581, Thomas Cavendish ocupou a vila de santos roubando e requerendo o pagamento de resgate. Novamente no ano seguinte
A França equinocial (1612-1615):
Em meados do final do século XVI e início do XVII,A Ameaça francesa foi desviada, pela ação militar portuguesa que garantiu o controle no litoral do nordeste do Brasil.
A França equinocial , adquiriu esse nome, quando em 1612, uma expedição comandada por Daniel de La Touche, chega ao litoral maranhense. Sendo que no mesmo ano o forte de São Luiz foi fundado, onde mais tarde teria uma cidade com o mesmo nome. Em 1615 as tropas que derrotaram os franceses, devido ao descumprimento de uma acordo firmado que não chegaram a cumprir.
As invasões holandesas:
Portugal tinha uma boa relação com os países baixos, podemos dizer uma relação forte, desde o final da idade média. Mas já na colonização brasileira, a participação do holandeses foi de suma importância, com o mercado açucareiro ou empresa açucareira como eles costumavam chamar. Teve grande importância em sua participação no comércio da África, Europa e Brasil, salientando assim o tráfico negreiro. Contudo o começo da união ibérica modificou esse quadro, no grau em que a Espanha foi proibindo a participação dos holandeses no comércio açucareiro.
Por volta de 1620 os holandeses fundam a companhia das índias Ocidentais, que teve por intuito militar e comercial, onde promoveram ataques e ocupações nas colônias portuguesas, mais precisamente no Brasil. Já de 1645 á 1654 Os portugueses começaram uma batalha contra os holandeses. Recuperam o Recife na lutas dos guararapes e tornaram menor a presença dos holandeses em alguns fortes no litoral do nordeste.
A guerra entre Espanha e Holanda (1568- 1648):
A guerra entre Holanda e Espanha, chamada de “A guerra dos 80 anos” ou a “revolta holandesa,” que vai de 1568 á 1648, foi para que os Países Baixos se tornassem independente, frente à Espanha, como é hoje.
A república holandesa se tornou uma potência mundial, com um enorme poder marítimo, que ajudou no crescimento econômico, cientifico e cultural.
Felipe II, da Espanha, desde 1551 tornou-se mediador de forma marcante nas províncias da Holanda, sondo que sobre elas possuía o direito por herança de seu pai, que foi o imperador Carlos V.
Os holandeses, ou flamengos como eram chamados, iniciaram uma guerra em 1568, em favor da libertação dos países baixos do norte, foram liderados por Guilherme de Orange.
Invasão holandesa na Bahia:
E escolha pela invasão da Bahia, era por ser uma grande produtora de açúcar e por ser também a capital da colônia.
A notícia que a Holanda preparava uma poderosa esquadra para invadir a Bahia chegou ao Brasil, muito tempo antes de sermos invadidos.
A resistência aos invasores foi organizada pelo então governador-geral Diogo de Mendonça Furtado, Mas como os Holandeses demoraram a chegar, que o preparativo de resistência relaxou.
Já em 09 de maio de 1624, por volta de 26 navios entraram na Bahia, a resistência não ajudou em nada, já que a data não era mais a esperada. Assim que chegaram encontraram no porto oito navios, e incendiaram sete desses navios. A população foi para o interior da Bahia, onde organizaram grupos de guerrilhas, sob a liderança do bispo D. Marcos Teixeira, cada vez mais piorava a situação dos invasores, até mesmo devido à morte de D. Marcos Teixeira.
Diogo de Mendonça acabou sendo preso e levado para a Holanda, as forças brasileiras e portuguesas mesmo juntas, não era mais suficiente para que atacassem de frente os holandeses.
Os holandeses foram obrigados a desistir da batalha, se rendendo em primeiro de maio de 1625, pela ajuda da Espanha, que foi pedido pelos portugueses.
Os holandeses em Pernambuco:
A invasão dos holandeses em Pernambuco, começou em 1630, na praia do Pau amarelo.
Com 56 navios e 7.300 soldados, o exercito pernambucano não poderia fazer nada, já estavam em apenas 400. De forma tão desigual, ele não encontram resistência, e assim puderam ocupar a capitania.
Quatro anos mais tarde, no mar do Caribe, a serviço das índias ocidentais, interrompeu e roubou todo o carregamento de prata extraída das colônias americanas, que estava na frota espanhola.
Mas quando decidiram atacar o nordeste do Brasil, foi com o motivo de terem por duas vezes invadidas a Bahia, e por ter sido uma invasão frustrada. O seu maior objetivo e já declarado era restaurar o comércio de açúcar com países baixos, que tinha sido proibido pelos espanhóis. Em 1630 investiram na Capitania de Pernambuco conquistando Olinda e Recife. A presença holandesa durou ali por 24 anos, principalmente no recife que foi sede do domínio.
Existiam pequenos grupo de aproximadamente entre dez e quarenta homens, chamada : “companhia de emboscada”, que atacavam de surpresa os holandeses, que se retiravam com velocidade, estavam formando um novo grupo para novos combates.
O governo de Nassau:
O conde João Maurício de Nassau foi nomeado governador, atuando nos domínios holandês de 1637 á 1644. A administração Nassoviana, foi muito protegida pela situação de paz, que para muitos era estranha. Para acabar com o domínio espanhol, apoiou Portugal em sua restauração, e por esse motivo assinaram uma Trégua de 10 anos.
Durante esse período Nassau aproveitou para se aproximar da população, mostrou para todos ser uma pessoa simpática, conquistando assim a confiança dos senhores de engenho.
Em seu país, ele instaurou uma política diferente, garantiu a todos uma liberdade de culto, por sua grande maioria era protestante, uma justiça igualitária e para os escravos, uma boa alimentação. Nassau Já havia percebido que, para poder administrar melhor a região e pacificá-la, teria que ter boas relações com os Senhores de engenho, como já vimos.
Ele conseguiu uma auxilio financeiro, na forma de crédito, para que fossem restituídos os engenhos, que no cinco anos de combate foram destruídos. Diminuiu os impostos, sustentando também a penhora de seus bens.
A insurreição pernambucana:
Em 1817, foi dado como a última tentativa de independência do Brasil que falhou, isso é o que conhecemos como insurreição pernambucana ou Guerra da Luz Divina, foi o movimento que expulsou os holandeses do Brasil, unindo forças lideradas pelos senhores de engenho, André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo afro-descendente Henrique dias e pelo indígena Felipe Camarão.
A cidade do Recife, sofreu uma grande crise econômica, por quê o ouro, o açúcar, entre outros, estavam em baixa, mas antes Recife tinha sido uma cidade rica e próspera. A parte da população que era de uma forma econômica mais importante de Recife, ficaram bravos, com os impostos que estavam muito alto, a inflação e com comerciantes estrangeiros, além de tudo isso, pelo porto da cidade que não entravam só mercadoria, mas também idéias liberais.
Os membros dessa “revolução” que teve origem em Recife, foram padres, artesãos, soldados, proprietários rurais e até mesmo de senhores de engenho. O governo ainda tentou impedir com que a republica entrasse, mas os republica nos obrigou a abdicarem do poder. Um governo provisório foi instalado.
Conseqüências das invasões holandesas:
A economia açucareira entrou em crise, logo após a expulsão dos holandeses. Os próprios flamengos que haviam sido expulso do Brasil, criaram uma concorrência na Antilhas, o que acabou com o açúcar brasileiro.
Devido as invasões holandesas no nordeste do Brasil, onde o comércio açucareiro era forte, o capital holandês passou a ter poder absoluto sobre a produção de açúcar, tendo influência sobre o plantio, o refinamento e até mesmo sobre a distribuição.
A Holanda tinha em suas mãos o controle também do mercado que fornecia escravos africanos, assim passou a investir nas Antilhas. O açúcar que era produzido nas Antilhas, tinham uma menos custo devido a isenção de impostos sobre a mão-de-obra, sobre o menor custo de tranporte.
A economia do Brasil e de Portugal entrou em uma crise, devido as dificuldades para adquirir mão-de-obra e não dominavam o processo de distribuição e refino, sendo assim não conseguiram concorrer no mercado internacional, essa crise cruzaria a metade do século XVII.