Ainda convivemos com regimes totalitários?
Por Mariana Sousa
Em meio a tantas crises políticas explodindo nos quatro continentes, cabe uma pergunta inicialmente despretensiosa: ainda convivemos com regimes totalitários? Para responder tal questão, vamos abordar neste artigo de hoje o conceito de totalitarismo. O que vem a ser um Estado Totalitário? É a partir desse conceito que passamos a compreender a existência do nazismo, fascismo e todos os personagens que representaram esse tipo de regime na história, especialmente observados na Alemanha e Itália, no período de 1930 e também durante o momento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em termos gerais, poderíamos dizer que esses dois países viveram o que há de mais clássico e brutal da representação do totalitarismo.
Os especialistas explicam que o totalitarismo é uma forma de organizar o Estado de tal maneira que os elementos de poder ficam concentrados em torno de elites aristocratas. A Alemanha nazista e a Itália fascista são os dois melhores exemplos de tal situação.
Trocando em miúdos, num regime totalitário os espaços de poder estarão concentrados e definidos a partir de partidos únicos, formados por um seleto grupo de indivíduos. As bases que formam tais partidos são compostas pela população, pela massa, mas quem decide e delibera são apenas os que estão na direção do partido.
Resumo:
Altos escalões decidem
No regime totalitarista, algumas lideranças do partido acabam permanecendo em altos escalões do governo em vigor. Para quem analisa de fora, fica claro que o partido acaba tomando conta do Estado. Esses fatos que envolvem a forte presença partidária dentro das administrações do Estado apontam que tais lideranças agem de forma a coibir qualquer tipo de manifestação individual ou coletiva daqueles que não concordam com as ideias dos grupos de chefia. Por conta desse clima, há todo um cenário de terror psicológico, que acaba sendo acentuado por ações mais duras e com vítimas.
Isso nos leva a entender que o Estado totalitário é uma forma de coerção policial, quando a violência física ou o drama psicológico passam a ser permitidos de forma natural. Nesse cenário, os espaços de vigilância são constantes e acabam deixando toda uma população atemorizada. Especialmente a vida pessoal, o círculo íntimo dos cidadãos que passam a ficar na mira de quem controla o poder. Em resumo, radicalismos que não levam a qualquer avanço social.
Para os estudiosos do tema, outra característica marcante dos regimes totalitários está no uso frequente dos aparatos de comunicação, como televisão, rádio, internet e jornal para que toda a ideologia do regime totalitário seja divulgada. Há uma sede incansável por propagandas de apoio e enaltecimento do regime, ou seja daquele governo que está no poder. Os líderes totalitários são apresentados como deuses, a exemplo do que estudamos no século XX, quando os representantes da Alemanha nazista, Itália fascista e Rússia stalinista estiveram dominando boa parte do mundo.