Sustentabilidade: a chave para o desenvolvimento consciente
Por Victor Palandi
Em uma de suas últimas conferências, a F.A.O – setor da Organização das Nações Unidas que contempla a agricultura e a alimentação – e, na ocasião, foi levantada a importância da atenção à sustentabilidade do meio ambiente em campos econômicos fundamentais como o de práticas de plantio e criação de animais em zonas rurais de todo o mundo.
Tudo isso para que se encare, de fato, o uso responsável e, por isso, sustentável de todos os recursos da natureza, que estão à disposição do homem, como único meio possível para um progresso econômico equilibrado que respeite a saúde do planeta. Evidentemente, tal resultado só poderá ser obtido ao se estabelecer normas, procedimentos e parâmetros que façam com que empresários do agronegócio possam ser levados a desenvolver esse tipo de perspectiva.
Como resultado mais imediato para o planeta Terra, como um todo, são as previsíveis: devastação, desequilíbrio do clima, guerra por alimento e populações inteiras sendo eliminadas, seja pela fome, seja pelos conflitos gerados pela disputa por alimento.
Logo, a sustentabilidade ecológica é o único caminho possível para que possamos continuar existindo: fato que não admite qualquer contestação. Por isso que o tema da sustentabilidade está tão “na moda”, em todos os lugares do mundo e nas mais variadas culturas e países. Afinal, só uma massificação do tema poderá levar as pessoas a refletir sobre o tema e mudar hábitos cotidianos, sobretudo nas referidas zonas rurais.
Além de trazer o assunto à tona, enquanto conceito e doutrina, é necessário, em paralelo, desenvolver trabalho sério, no sentido de minimizar os estragos já gerados em nome do “progresso humano”. Pontos como erosão que acaba com áreas antes cultiváveis, bem como a manutenção da biodiversidade são urgentes, pois sua modificação faz com que as terras consigam continuar produzindo para alimentar a geração presente e a futura.
Portanto, a reciclagem acaba sendo o tema mais importante nesse processo da sustentabilidade: dejetos de animais, restos das plantações, precisam obrigatoriamente passar por tratamento e/ou passar por descarte correto, para que não poluam em demasia o meio ambiente e tampouco contaminem áreas produtivas. Exatamente por isso, o gasto com instrumentos de reciclagem deve ser encarado como um investimento no patrimônio produtivo e legado para as gerações futuras. Além disso, a reciclagem permite uma grande economia de energia, pois poderão ser recriados fertilizantes naturais e outros elementos, que promoverão grande economia para o produtor rural, que, de quebra, verá sua margem de lucro ser elevada.
Garantir que a sustentabilidade vire uma realidade é impedir que sombras como a miséria, a fome e a desgraça se abatam sobre milhões de pessoas; além disso, é prezar pela saúde de nosso planeta. Tudo isso tende a retirar o foco de exploração predatória de determinados locais. Assim, com um meio ambiente em equilíbrio, o desenvolvimento humano poderá ocorrer, em equilíbrio, e de modo progressivo e permanente.
Em suma: fazer com que a sustentabilidade seja aplicada em zonas ruais é um dos maiores desafios e necessidades da contemporaneidade para que a humanidade, no futuro, sobreviva e consiga, finalmente, viver em harmonia com a Terra.