A migração no âmbito interno de um país é dividida em dois formatos: migrações pendulares, quando ocorre o movimento das populações das periferias para o centro das cidades. O segundo formato é o da migração transumância, que acontece especialmente entre os meses de julho e janeiro, períodos de férias. Outros movimentos migratórios com maior complexidade também são observados em algumas regiões. É o caso das populações que saem de um determinado espaço para outro em função de fatores naturais ou econômicos.
Resumo:
Movimentos migratórios no Brasil
No espaço brasileiro, diferentemente de outros países, os movimentos migratórios não ocorrem em função de guerras. O aspecto econômico ou as causas naturais são as principais causas. É o caso da seca, que representa um dos motivos pelos quais muitos nordestinos optam pela migração.
O êxodo rural é outra forma migratória constante. Nela, ocorrem movimentos especialmente nas regiões norte e nordeste. Sempre direcionados ao sudeste brasileiro. A busca por empregos e melhor qualidade de vida é o foco de quem participa de tais fluxos.
Nas décadas de 60 e 70 tais fluxos eram mais constantes, especialmente por conta da elevada industrialização do território brasileiro, de forma mais intensa nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A oferta de empregos também foi ampla durante o período de construção da cidade de Brasília. Os “retirantes” trabalhavam na capital brasileira e moravam nas chamadas cidades-satélites próximas ao Distrito Federal.
Momento atual
As cidades do interior começam a receber mais moradores e já despontam com outros níveis de crescimento. Nas regiões mais industrializadas, o índice de violência também sofre impactos em relação aos fluxos migratórios. Isso acontece porque nem sempre haverá oferta de empregos para todos. Em termos históricos e literários muito já foi falado sobre essa intensa migração do povo nordestino para as grandes cidades. Também é importante destacar a riquíssima troca cultural que ocorre durante esses processos migratórios. O migrante que chega sempre incorpora e aprende coisas novas, mas aqueles que o recebem jamais vão esquecer de todas as novidades do povo aguerrido que adentrou aquele espaço em busca de emprego, mas deixou muito mais que o seu próprio trabalho.
Esse choque cultural deve ocorrer de forma natural, até mesmo para se evitar a criação de guetos que provocam isolamento dos “chegantes”. Cada um sabe, em meio a esse processo, o quão importante é a própria identidade e o respeito às diferenças. É assim que se supera os problemas relacionados aos preconceitos que também ocorrem em âmbito regional.