Todos nós sabemos que o século XX foi um dos mais marcantes quando o assunto é desenvolvimento científico e a compreensão do homem sobre a criação do universo e sua composição, suas matérias, partículas, átomos, entre outros, de onde vieram pra onde vão.

Foram duas as grandes descobertas sobre esse assunto tão intrigante e específico, a primeira é a teoria da relatividade geral, concebida pelo famoso físico Albert Einstein, a segunda foi a descoberta da chamada Física Quântica. Essas duas teorias tiveram tremendo sucesso ao longo do século passado, mas ainda assim deixa algumas questões em aberto, se visualizadas separadamente.

Por exemplo, a teoria da relatividade de Einstein não explica como seria possível ter acontecido o famoso Big Bang, grande explosão que deu origem a todo o universo, e nem o porquê dos buracos negros se comportarem da maneira com que se comportam. Já a Física Quântica não consegue explicar de forma satisfatória porque acontece a gravitação.

O surgimento da teoria das cordas

Agora vamos falar da teoria que dá título a esse post, a teoria das corda surge justamente na tentativa de unir as duas principais teorias da Física Moderna que acabamos de citar, a teoria da relatividade e da Física Quântica, e assim tapar esse buracos deixados.

Teoria das Cordas

O desenvolvimento dessa nova teoria começou no ano de 1919, através do cientista Theodor Kaluza, e até hoje continua sendo atualizada. Sua última grande modificação aconteceu entre os anos 1994 e 1997 por outro cientista chamado Edward Witten.

O conceito

Quando olhamos a nosso redor conseguimos ver prédios, casas, ruas, e muitas outras construções, mas quando chegamos mais perto dessa paisagem cinzenta percebemos que ela é formada por muitos materiais, como por exemplo, os tijolos, por sua vez os tijolos são feitos de uma espécie de argila ou areia, esses grãos ainda são compostos por partículas menores chamadas de átomos.

Esses pequenos átomos, por sua vez, são formados por elétrons, prótons e nêutrons, sendo que prótons e nêutrons são formados pelas menores partículas do universo que são os quarks. E é até ai que a física convencional chega, mas a teoria das cordas vai um tanto além.

Para isso, essa teoria propõe que os quarks são formados por minúsculos filamentos de energia, que pareceriam com pequenas cordas vibrantes, por isso o nome dado de teoria das cordas. Essas cordas estariam vibrando em padrões diversos e com frequências diferentes e assim produzindo as diversas partículas que formam o universo.

Isso seria como se pensássemos em um violão, as diferentes vibrações das cordas desse instrumento produzem sons variados, assim como as diferentes vibrações desses filamentos de energia produzem partículas diferentes.

Com essa afirmação de que tudo no universo é constituído por uma única forma de energia, a teoria das cordas consegue unificar todas as teorias da Física. Com todas as partículas que conhecemos, como fótons, elétrons, quarks, entre outras sendo formadas pela mesma matéria-prima, tudo poderia ser explicado por apenas uma teoria.

Foi assim que a teoria das cordas também recebeu o nome de Teoria de Todas as Coisas, ou em inglês Theory of Everything (TOE).

Teoria Cordas

Consequências

Uma teoria dessa magnitude não poderia não ter consequências, a principal delas está ligada a sua demonstração matemática. Quando se tenta demonstrar no papel através de números essa teoria percebe-se que ela não se encaixa em um universo com apenas 3 dimensões espaciais.

Ela precisaria de mais 7 dimensões para ser realmente verdade, totalizando 10 dimensões de espaço e uma de tempo. Então, se essa teoria for comprovada, saberemos que existem sete dimensões que não conseguimos perceber e vão além de altura, comprimento e largura.

Isso representaria uma nova visão sobre o universo, muito diferente do que conhecemos hoje.

Comprovação

Essa teoria até hoje é considerada apenas uma teoria, uma ideia, mesmo com todos os avanços científicos ao longo do último século, ainda não foi possível demonstra-la experimentalmente, ou seja, na prática.

A expectativa fica, por enquanto, pelos avanços dos estudos que tem sido feitos com aceleradores de partículas, assim, talvez, seja possível comprová-la num futuro próximo.