Dependência psíquica
Por Redação
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O processo de dependência no mundo das drogas começa a nível físico. Neste caso, o usuário sente necessidade, nos níveis fisiológicos, e não consegue suspender o uso da substância. Quando suspende, começa a passar por crises de abstinência. Um dependente físico já demonstra que o corpo passa a agir independentemente da vontade do usuário. Nas dependências físicas, a tolerância se manifesta de forma isolada ou associada ao aspecto psicológico. Quando se suspende o uso da substancia, diversas mudanças somáticas são observadas e passam a acontecer o chamado “delirium tremens”, quando o organismo não aguenta a síndrome da abstinência e entra em estado de pânico. Sem os efeitos físicos das substâncias, o corpo não se desenvolve bem.
E a dependência psíquica? Neste caso, o usuário passa a sentir impulsos irrefreáveis para consumir a droga no intuito de colocar fim ao mal estar. Nesse tipo de dependência, já se observa que há alterações psíquicas a determinar os hábitos do usuário. É como se o processo de toxicomania já estivesse instalado, pois a dependência psíquica aponta que as doses usadas precisam ser maiores para que o efeito anterior seja conquistado mais uma vez. É aquilo que popularmente observamos nos usuários sentirem necessidade de aumentar cada vez mais a quantidade e a frequência do uso.
- Nesse momento, o desejo de aplicar maiores quantidades passa a ser uma necessidade constante.
- Quando não satisfeito, gera estados depressivos e de angústia.
- É justamente o fato do indivíduo estar privado daquilo que antes o compensava emocionalmente que faz surgir tais crises.
Resumo:
A dependência na prática
Na prática, as características da dependência são as seguintes:
- Forte vontade, quase compulsão para consumo das substâncias.
- Total descontrole no consumo e nos níveis de consumo especialmente no início e término do uso.
- Abstinências fisiológicas quando há redução ou fim do uso. Só a retomada do uso alivia os sintomas.
- Necessidade constante de ampliação das doses. Uma dose reduzida não garante mais o efeito desejado.
- Abandono do prazer ou outros interesses e uma obsessão pelo consumo da droga. O tempo de necessidade passa a ser cada vez mais curto.
A persistência no caminho à destruição, mesmo tendo todas as evidências do quão nocivo o processo está sendo ao organismo. É uma característica bem observada, por exemplo, naqueles que fazem uso em excesso de álcool, que leva a consequências como depressão, males ao fígado e surtos de agressividade.