Plutão está normalmente mais longe do Sol do que qualquer dos outros planetas; no entanto, devido à excentricidade da sua órbita, está mais próximo do que Netuno durante 20 anos dos 249 da sua órbita.
Plutão é o único planeta que ainda não foi visitado por uma sonda, no entanto a existência de cada vez mais informações está a abrir-nos este planeta peculiar. 

Ficha técnica: 

Distância do Sol 5.913.520.000 km
Velocidade orbital média 4,74 km/s
Diâmetro equatorial 2.320 km
Área da superfície 17.000.000 km²
Massa 1.290×10²² kg
Temperatura à superfície -229 ºC
Translação 247,7 anos
Rotação 6,3 dias

 A Superfície de Plutão 

Consegue-se distinguir a superfície nunca anteriormente vista do planeta distante Plutão nestas fotos do Telescópio Espacial Hubble da NASA. Estas imagens, que foram obtidas em luz azul, mostram que Plutão é um objeto invulgarmente complexo, com mais contrastes em larga escala do que qualquer outro planeta, exceto a Terra. Plutão provavelmente mostra ainda mais contraste e talvez limites bem nítidos entre as áreas clara e escura do que visto aqui, mas a resolução do Hubble (tal como as vistas mais antigas de Marte) suavizam os contornos e juntam pequenas estruturas que estejam dentro de maiores. 

Histórico 
Conhecido, durante muito tempo desde a sua descoberta em 1930, como o menor, mais frio e o nono e mais distante planeta do Sol.

Esse planeta anão pode ser detectado por muitos instrumentos e, inclusive por telescópios amadores com o uso de processos fotográficos especiais. Durante um período de cerca de vinte anos, existe uma facilidade de sua observação: é por causa da grande excentricidade de sua órbita. De 1989 até 14 de março de 1999 sua distância foi menor que a do planeta Netuno. Essa aproximação aumentou sua luminosidade em até oito vezes. 

A partir dos anos 70 é que se obtiveram dados sobre a superfície desse planeta anão. Foi detectada a presença de metano congelado a uma temperatura de -210°C e uma fina camada atmosférica supostamente de metano gasoso. Seu tamanho é inferior à Lua. 

Recentemente mais dois satélites foram descobertos ao redor de Plutão: são eles Hidra e Nix. Eles foram confirmados por astrônomos empregando o Telescópio Espacial Hubble da NASA em Maio de 2005 e receberam inicialmente os nomes provisórios de S/2005 P1 e S/2005 P2. 

Por ser um planeta anão do Sistema Solar com o menor número de informações, o interesse é tanto que a NASA estava programando para 2001 o lançamento do Expresso para Plutão (Pluto Express), uma sonda pequena para estudá-lo. Esse projeto foi cancelado e substituído pela Sonda Novos Horizontes lançada em Janeiro de 2006 e deverá estar próxima de Plutão no ano 2015. 

Em 2006, uma nova definição para planetas e outros corpos celestes foi adotada e Plutão passou à categoria de planeta-anão.

A correta classificação de Plutão está em debate desde sua descoberta. Isso porque várias peculiaridades distinguem Plutão dos planetas clássicos.

Apesar de ficar na região dos planetas exteriores, ocupada por gigantes gasosos, Plutão é um objeto pequeno e denso, feito de rochas e gelo, mais parecido com os planetas telúricos.

As órbitas dos oito planetas são paralelas, como se todos girassem em cima de um disco. Por isso, eles formam uma fila indiana quando alinhados no mesmo lado do Sol. Plutão não é capaz de entrar em fila, pois sua órbita está inclinada em 17 graus em relação a esse disco.

Sua órbita em volta do Sol é mais elíptica, e enorme – cada volta no Sol demora 248 anos e, durante um período de 20 anos, ele troca de posição com Netuno, que se torna então o mais longínquo dos planetas. A última vez que isso aconteceu foi entre 1979 e 1999.

Alguns dos astrônomos que defendem Plutão como planeta-anão o consideram apenas mais um corpo celeste do Cinturão de Kuiper – uma região atrás da órbita de Netuno que contém vários corpos menores gelados.

Uma das teorias para o surgimento de Plutão é a de que ele teria sido uma lua de Netuno. Algum tipo de catástrofe cósmica fez com que se desgarrasse de Netuno, arremessando Plutão em uma órbita própria, que o trás, de vez em quando, para perto de seu planeta de origem. 


Plutão comparado a Terra.