O fator natriurético atrial (FNA)
Por Redação
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O fator Natriurético atrial ou simplesmente FNA foi apresentado, como conceito, em 1981, por Bold e Cols. Esses dois cientistas fizeram um relato de como os hormônios produzidos na região dos miócitos atriais convivem com as células musculares do átrio. São peptídeos chamados de fatores natriuréticos atrais ou simplesmente FNA. Eles seriam liberados na corrente sanguínea no momento em que o átrio acaba sendo distendido. Em função de diversos fatores, acaba atuando no nefron e passa a promover a excreção de sal e água. O volume do fluido enfrenta a homeostase e diminui os espaços extracelulares. Muitos cientistas se empenharam nos estudos sobre o FNA. Para isso, isolaram este elemento por meio de extratos atriais humanos e de outros seres vivos. O sequenciamento foi feito e, por fim, chamado de cardionatrina, cardiodilatina, atriopeptina, auriculina e finalmente fator natriurético atrial.
Portanto, o FNA nada mais é do que um polipeptídeo composto por miócitos atriais e com armazenamento em grânulo justanuclear. É um conjunto de pro-hormônio que responde por 126 aminoácidos. Tem uma vida média já que, quando lançado no espaço circulatório, pode sobreviver a até 4 minutos. Os mecanismos de ação podem ser diversos, além das cargas natriuréticas que são eliminadas por meio do sódio produzido pelos rins. É um peptídeo diurético que passa a inibir os processos de vasoconstrição levadas a cabo pela angiotensina II e noradrenalina. O FNA também auxilia na redução da secreção da renina e aldosterona.
Funciona como estimulante no acúmulo de guanosina-monofosfato cíclica e potencializa as atividades da guanilato-ciclase.
O relevo da homeostase também é influenciado pelo FNA, por meio de ações diretas que atuam no receptor específico que está localizado no córtex e medula renal ou mesmo nas zonas da região conhecida como glomerular adrenal, na aorta e nos espaços e vasos musculares do espaço nervoso central.
Quando alguém tem insuficiências cardíacas ou congestivas, os níveis de FNA são ainda mais acentuados. Isso significa que as atividades natriuréticas, diuréticas e vasodilatadoras estão em movimento com o uso do emprego exógeno na insuficiência cardíaca.
Há informações de que o derivado sintético do FNA pode ser útil na terapia da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou mesmo na hipertensão arterial sistêmica.