O segundo reinado Governos regenciais 1831 á 1840
Dom Pedro I no dia 7 de abril de 1831 abdicou o seu trono em favor do seu filho, que tinha menos de cinco anos de idade, com as seguintes palavras: "Abdico mui voluntariamente em favor de mui amado filho Pedro de Alcântara".
PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)
O período compreendido entre 1831 e 1840 foi um dos mais agitados da nossa História. Iniciado pela abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho de apenas 5 anos de idade, determinou a escolha de uma regência para governar o País, em função de D. Pedro de Alcântara ser menor. Foi um período marcado pelas:
a) agitações sociais;
b) turbulências políticas;
c) instabilidade imperial;
d) intranqüilidade nas províncias.
1. A composição das forças políticas:
Com a menoridade de Dom Pedro II, o Período Regencial foi marcado pela disputa entre três grupos políticos pelo poder.
Os três Grupos Políticos eram: os restauradores, os liberais moderados e os liberais exaltados.
Restauradores – Defendiam a volta de D. Pedro I ao governo brasileiro. Assim os Restauradores poderiam voltar ao poder. Participavam deste grupo os comerciantes portugueses. Ficaram conhecidos como "caramurus". Quando o Imperador se antepôs ao absolutismo, recebeu o apoio dos caramurus.
José Bonifácio era um restaurador, e como muitos outros, apenas por interesse pessoal, este foi nomeado por Dom Pedro I como o tutor de Dom Pedro II, após a abdicação de 1831.
Moderados – Eram os situacionistas. Desejavam manter a estrutura agrária (exportadora e escravocrata). Não visavam a mudanças radicais na Constituição. Participavam deste grupo as elites agrárias do Sul e do Nordeste. Ficaram conhecidos como "chimangos".
Exaltados – Lutavam pela autonomia das províncias. Alguns desejavam a República. Participavam deste grupo as camadas médias urbanas e oligarquias periféricas. Ficaram conhecidos como "farroupilhas" ou “jurujubas”.