Existe um transtorno que atinge milhares de crianças, e que muitas vezes não é percebido pelos pais e professores, é o TDAH que quer dizer: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; e muitas vezes chamado de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) isso quer dizer é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas que aparece com mais frequência na primeira infância (crianças com idade até 7 anos).
Desde 1902 esse transtorno vem recebendo diversos nomes: Disfunção Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância, Distúrbio de Déficit de Atenção, até a atual nomenclatura, utilizada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. Sendo ele o maior causador de 30 a 40% de encaminhamentos de crianças às clínicas de orientação infantil, e em alguns casos responsável também pelo encaminhamento de adultos.
Resumo:
O que causa o TDAH?
Estudos indicam algumas causas que podem levar ao transtorno, mas que elas não são 100% comprovadas:
- Hereditariedade: estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno, aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver o TDHA são herdados dos pais;
- Problemas durante a gravidez ou no parto;
- Problemas neonatais como falta de oxigênio, traumas obstétricos, rubéola intra-uterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano são fatores que também podem contribuir para o surgimento do TDAH.
- Exposição a substâncias como chumbo, cigarro, entre outras.( a nicotina de cigarros fumados pela mãe gestante bem como bebidas alcoólicas consumidas, podem ser causas significativas de anormalidades no desenvolvimento cerebral);
- Problemas de estrutura familiar;
- Baixa instrução paterna;
- Presença de apenas um dos genitores.
Sintomas
Os primeiros sintomas do TDAH são reflexos de outros transtornos como depressão e ansiedade, sendo eles caracterizados pela presença simultânea de desatenção, hiperatividade e impulsividade, veja:
A desatenção pode ser identificada por:
- Dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho;
- Dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
- Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais;
- Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
- Evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante;
- Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades;
- Ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
- Apresentar esquecimentos em atividades diárias.
A hiperatividade se caracteriza pela presença frequente das seguintes características:
- Agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira;
- Abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
- Correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado;
- Dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer;
- Estar freqüentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a todo o vapor”;
- Falar em demasia.
Além disso, muitos pais relatam que no início da infância, seus filhos apresentavam:
- Choro frequente, difícil de acalmar;
- Distúrbios do sono, sonolência e pouca reação, ou dificuldade de dormir a noite em função da hiperatividade ou inquietação;
- Dificuldades na alimentação decorrentes de irregularidades no apetite, uma seletividade exagerada, pouca sucção, choro em grau suficiente para interferir na ingestão nutricional.
Tratamento
O tratamento medicamentoso é o mais antigo e estudado para o TDAH. Contudo, uma terapia medicamentosa bem sucedida é complexa e envolve muito mais do que administrar um comprimido a alguém.
Os médicos devem evitar a resposta reflexa de tratar o TDAH apenas com medicamentos, devendo ter uma visão mais abrangente do tratamento. Algumas pessoas pulam o diagnóstico e a avaliação porque crêem equivocadamente que, se a criança responder a um medicamento estimulante como a Ritalina, deve ter TDAH.
As pesquisas revelam que até mesmo crianças normais respondem de maneira positiva a estimulantes, e outros transtornos psiquiátricos também podem responder a tais medicamentos.