Pesquisas indicam que Canabidiol pode ajudar a evitar danos pulmonares causados pela Covid-19
Dados foram compartilhados a partir de um estudo feito pela Universidade de Geórgia.
Por Rodrigo Duarte
Foram divulgados nesta semana alguns dados referentes a uma pesquisa feita na Universidade de Geórgia, nos Estados Unidos, sobre os possíveis danos na saúde que as pessoas que conseguem se recuperar da Covid-19 enfrentam. De acordo com uma publicação realizada no Cannabis and Cannabinoid Research, o canabidiol poderia atenuar danos provocados pela doença nos pulmões.
De acordo com as informações que foram divulgadas, a substância que pode ser encontrada na maconha, acaba tendo um enorme potencial no controle de respostas exageradas do sistema imunológico, como a tempestade de citocinas e a inflamação pulmonar, que já foram apontadas como consequências comuns da infecção por Sars-CoV-2.
“Nossos estudos de laboratório [realizados em ratos] indicam que o CBD puro pode ajudar os pulmões a se recuperarem da inflamação avassaladora (ou tempestade de citocinas) causada pelo novo coronavírus e a restaurar níveis saudáveis de oxigênio no corpo”, afirmou Jack Yu, membro do Medical College of Georgia e coautor do artigo, em comunicado.
Os pesquisadores acabaram encontrando essas informações a partir da descoberta de um modelo seguro e relativamente barato que permite aos cientistas simular em modelos laboratoriais os danos pulmonares causados pela doença. As análises que foram obtidas mostram que o CBD se mostrou eficaz, melhorando os índices sanguíneos de oxigênio e ajudou na recuperação dos pulmões de uma forma geral.
Uma outra análise, que foi feita de uma forma mais detalhada dos pulmões que foram testados, acabou reforçando a redução de indicadores-chave da resposta exagerada do sistema imunológico, como a interleucina-6 (IL-6) e os neutrófilos.
“A síndrome respiratória aguda grave é a principal causa de morte em casos graves de algumas infecções virais respiratórias, incluindo o Sars-CoV-2”, ponderou Babak Baban, coautor do estudo. “Precisamos urgentemente de melhores estratégias de intervenção e tratamento.”