Pesquisa afirma que ter alguém que nos ouça melhora saúde do cérebro
Outro estudo afirma que estimular a mente pode retardar a demência em até cinco anos.
Por Rodrigo Duarte
Uma pesquisa recente feita na área da saúde reafirma algo que os médicos já desconfiavam há muito tempo: o isolamento social pode acabar tendo um impacto profundo e negativo na saúde das pessoas, com mudanças que podem acontecer diretamente no cérebro. As informações constam em um trabalho publicado no periódico médico “JAMA Network Open”.
O estudo conseguiu mostrar uma relação direta entre ter alguém com quem se possa conversar e uma melhor resiliência cognitiva, uma medida que serve para avaliar a habilidade do cérebro de funcionar melhor do que o esperado numa determinada idade ou num quatro com alterações provocadas por enfermidades.
Atualmente a resiliência cognitiva pode ser considerada como uma espécie de amortecedor para o envelhecimento do cérebro. E isso pode acabar sendo ampliado a partir da realização de algumas atividades cotidianas, como exercícios, interações sociais positivas e atividades que estimulem a mente.
A pesquisa contou com dados fornecidos por 2.171 participantes de um estudo, com idade média de 63 anos, que vêm sendo acompanhados ao longo dos anos. Sua resiliência cognitiva era medida pela relação entre o volume cerebral e o padrão de cognição – volumes menores são associados a funções cognitivas mais frágeis.
Aquelas pessoas que estavam na faixa entre 40 e 50 anos de idade e que tinham interações sociais consideradas como de baixa qualidade tinham uma resiliência mental de uma pessoa de até 4 anos mais velha. A partir destes levantamentos, o estudo sugere que os médicos que cuidam de pacientes mais velhos nessa área passem a perguntas se eles contam com alguém com que eles possam conversar periodicamente.
Manter uma boa idade em relação a resiliência mental e também manter o cérebro sempre ativo, de acordo com um outro estudo que foi utilizado de forma complementar, é fundamental para que as pessoas consigam prevenir algumas doenças do cérebro, como é o caso da Doença de Alzheimer.