A cultura na Segunda República
1. Introdução
A crise mundial da década de 30 que refletiu no Brasil desencadeou a revolução de 1930, fortalecendo a soberania de Vargas.
Os intelectuais da época estavam em divergência entre o centrismo católico, a ordem fascista e as tendências socialistas. Essa situação foi favorável ao golpe de Estado de 1937 que deu continuidade ao governo de Getulio Vargas até 1945.
O movimento modernista foi definitivamente rompido, dividindo nacionalistas críticos e acríticos. A começar por Tarsila do Amaral que trocou as cores vivas e alegres de suas obras por “Paisagens Proletárias”.
Muitos nacionalistas se identificavam com a ideologia do regime de Vargas, assim como Vila-Lobos que compôs a “Sinfonia Brasileira” expressando um conceito de grandeza nacional. Porém, outros artistas relacionavam a imagem de Vargas ao fascismo, e por isso permaneciam afastados, e se esforçavam para compor líricas próprias, como é o exemplo de Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes.
A arquitetura sempre permaneceu ao lado da polêmica política, possivelmente porque sua modernização começa a ocorrer quando Vargas chega ao poder. Porém, somente em 1929 é que Le Corbusier inseriu no território brasileiro a idéia de funcionalidade e idéias sobre a “máquina de morar”.
Em 1945 Vargas é deposto do seu cargo de presidente, e sua queda foi acompanhada por um ciclo de desenvolvimento da área artística e cultural.