Foi também no intervalo da República Velha que se processou um revezamento de Mineiros e Paulistas para o cargo de presidente. Toda uma engrenagem política e econômica para atender os interesses do Estado acabavam movimentando essa mudança.
Inicialmente, o primeiro presidente foi o Marechal Deodoro da Fonseca, que de pronto proclamou a República em 15 de novembro de 1889. Um “Governo Provisório” foi exercido por Deodoro.
Outro ponto de mudança estava observado na ausência de mediação da Igreja na vida política do Brasil. Todas as mudanças já se operavam desde o início do momento em que a dependência com Portugal foi cortada. Até mesmo os Padroados, reconhecidos como acordos entre Coroa e territórios portugueses, passaram a ter influência de mudanças autorizadas pela República Velha. A ruptura entre o poder Católico e o Estado Brasileiro estava confirmada, pois nem mesmo a nomeação de eclesiásticos sofria interferência do Estado, assim como casamentos e registros civis.
O Governo Provisório também criou uma nova bandeira para o Brasil, que foi apresentada entre 15 a 19 de novembro de 1889.
O primeiro Marechal também cuidou de atenuar problemas na economia brasileira. Para isso, deu continuidade à política do “encilhamento” que consistia na manutenção das linhas de crédito para donos de indústria. O banco também poderia emitir suas quantias de crédito sem maiores exigências. Tal descontrole em áreas estratégicas fez com que o processo inflacionário se instalasse de forma brutal.
Em 1891, ao longo do Congresso Nacional, a Primeira Constituição da República foi apresentada a partir do texto Constitucional dos Estados Unidos. Ali nesses documentos já se colocava o rompimento com o poder monárquico, a existência de três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciário), bem como a alternância da Presidência por meio de eleições diretas. Homens com mais de 21 anos e letrados estavam aptos e tinham a obrigação de votar. Outro grupo de leis passaram a reduzir os poderes do Presidente da República. Com tais decisões, Marechal Deodoro propôs um Golpe de Estado com declaração de estado de sítio. Muita resistência foi observada em diferentes regiões do Brasil e os planos foram fracassados.
Depois da reação militar contrária às decisões do Marechal, o Rio de Janeiro entrou em processo de colapso e o cargo de Deodoro passou pelo natural abalo. A renúncia se deu e Floriano Peixoto, vice-presidente, assumiu o comando do país.