10. Fatores condicionantes da Reforma
Problemas do clero e as heresias
A avidez material da Igreja – expressa na venda de indulgências, na exploração servil dos trabalhadores em suas terras e na cobrança de impostos – as imoralidades e a corrupção do clero afetavam o espírito religioso do povo, que preocupado com a salvação da alma, não podia acreditar que uma Igreja desmoralizada fosse capaz de salvar os fiéis do inferno.
A Baixa Idade Média foi marcada por uma grande dedicação do povo cristão que se manifestava principalmente através de heresias, que era uma doutrina contrária à postura materialista da Igreja, buscando um cristianismo mais espiritual.
Durante muito tempo os protestantes hereges foram perseguidos pela igreja católica, o que resultou em diversas guerras religiosas, nas quais foram mortos muitos protestantes.
As atitudes inconvenientemente do clero foi um dos fatores que determinaram o surgimento da Reforma.
A usura, apesar de condenada pela Igreja, tornou-se
uma prática comum já na Baixa Idade Média
A Igreja queria se enriquecer às custas dos dízimos dos fiéis e da venda de cargos eclesiásticos, e com isso a sociedade estava cada vez mais aflita. A nomeação dos bispos era realizada por motivos políticos, e os novos nomes da classe eclesiástica não tinham conhecimentos religiosos capazes de compreender os textos que declamavam.
Na Baixa Idade Média, a Igreja do Ocidente passou a perder a sua influência, pois seus interesses estavam direcionados para o seu próprio enriquecimento material, deixando de lado a orientação espiritual dos fiéis. O deslocamento da sede papal para a cidade de Avignon (1309 a 1378) motivou o surgimento da Cisma do Oriente que ocorreu entre 1379 e 1417, que foi marcada pela disputa do comando da Cristandade por dois papas.