Nesse período, diferente da era Medieval em que predominava o teocentrismo (Deus como centro do universo), o homem estava no centro. Na Idade Moderna, o que surgia com bastante força era a concepção antropocêntrica: o homem no centro do universo, o entendimento humano ganha imenso valor. A natureza passa a ser fundamento essencial para essa análise de compreensão do mundo, com fundamentos na cultura greco-romana.
Os Tempos Modernos estão modificados do ponto de vista cultural. Era essa uma das principais marcas do Renascimento. O nome acabou sendo resultado da preocupação de colocar os homens em uma nova forma de compreender o mundo, saindo do período de trevas da Idade Média inicial. O retorno aos bons valores da Antiguidade também estava na ordem do dia. Renascer a partir de antigas culturas, se orientar a partir de elementos culturais mais ricos, se contrapondo a tudo aquilo de retrocesso que a Idade Média apregoava.
Resumo:
Itália: berço do Renascimento
A Itália acabou sendo o berço do Renascimento, com difusão e expansão das ideias que iam contaminando outras pessoas e regiões. Como as cidades estavam se desenvolvendo no comércio, muitos cidadãos acabaram tendo mais condições de patrocinar artistas, escritores e pessoas envolvidas com a arte. A esses “protetores” da produção artística deu-se o nome de mecenas. Um mecena sempre era respeitado e conhecido em sua região. Sendo um incentivador do universo artístico, o mecena acabava divulgando sua própria marca e ganhando credibilidade junto às sociedades. O progresso era uma marca desse período.
Por parte dos monarcas, especialmente os príncipes, também havia interesse de se aproximar dos humanistas e renascentistas. Assim, propagavam suas ideias e atos da monarquia a partir da produção artística de tais pessoas.
Como o mecena tinha prestígio, alguns interesses sociais passaram a ser observados. Assim, aspectos econômicos e políticos também impactaram para o avanço do
Renascimento. As produções artísticas foram favorecidas pelo constante equilíbrio observado entre a força do Papado e dos imperadores. Na Itália, sempre havia muitas disputas políticas.
O acervo arquitetônico da Itália, seus imensos monumentos, a arquitetura e todo o legado da arte da Antiguidade greco-romana também contribuíram para a proliferação de artistas renascentistas. É o caso da obra A Divina Comédia, de Dante; Decamerão, de Boccaccio; África, de Petrarca.