13. A Reforma Anglicana
O Anglicanismo na Inglaterra
Em 1527, o papa Clemente VII se negou a realizar o divórcio do rei da Inglaterra Henrique VIII e de sua esposa Catarina de Aragão, pois o rei desejava se casar Ana Bolena, uma dama da corte. Com essa recusa seria impossível consolidar a monarquia Tudor.
Em 1534, manipulando o clero, Henrique conseguiu se tornar chefe supremo da Igreja inglesa, anular seu casamento como Catarina e casar-se com Ana Bolena. Sendo assim, a Igreja Anglicana passou a ser uma Igreja Nacional, sem nenhum vínculo com Roma.
Henrique VIII, rei inglês da Dinastia Tutor,
que rompeu com o Papado em 1534.
O Papado reagiu imediatamente excomungando o rei, e em contrapartida o Parlamento quebrou as relações com Roma, sendo assim o rei adquiria o direito de governar a Igreja, de combater as heresias e de excomungar. Quando o rompimento finalmente se fortaleceu, Henrique VIII organizou a Igreja na Inglaterra com o auxílio de seus conselheiros.
No entanto, a reforma anglicana foi muito mais política do que doutrinária. As transformações teológicas só vieram realmente durante o reinado do sucessor de Henrique VIII, seu filho Eduardo VI (1547-1553), que estabeleceu reformas inspiradas no calvinismo.
Contudo, a Igreja Anglicana só se fortaleceu durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603), que tornou-se chefe da Igreja Anglicana independente. Neste período, houve a consolidação da supremacia do Estado sobre a Igreja, e a separação de Roma foi concluída.