Mas, o que vem a ser cada tipo de linguagem? A verbal pode ser observada pela fala, pela escrita, por algum meio de comunicação que facilite o processo. Já a não verbal, conterá figuras, símbolos, desenhos, imagens, ou mesmo a dança. Sim, trata-se de uma mensagem passada pelos bailarinos. O corpo fala de diferentes maneiras as suas variadas linguagens não verbais: seja por nossa voz ou mesmo pelas posturas que apresentamos. Não à toa muitas pessoas são “lidas” pela forma como dispõem seus braços, ombros, pela forma que apresentam seus corpos em diferentes situações. A pintura, a mímica, a música, as esculturas e toda a compreensão gestual são meios de comunicação. É por meio do gesto que se cria, mais recentemente, o alfabeto usado para surdos e mudos. Ou seja, uma forma de linguagem completamente eficaz, tão quanto o nosso convencional alfabeto.
Até os animais conseguem se expressar, e muito bem, por meio da linguagem não verbal. Quando o cachorrinho balança o cauda, transmite a ideia de que está feliz ou faminto. Já quando encolhe a cauda entre as patas, algum medo ou tristeza lhe acometeu.
Resumo:
Fala e linguagem
A linguagem não necessariamente precisa da fala para existir. E pode ser expressada com ou sem o verbo. Também pode ser expressa simultaneamente, ao que chamamos de linguagem mista. Eu posso me comunicar com palavra e figura ao mesmo tempo.
Também é interessante perceber como cada mensagem impacta determinados indivíduos. Um quadro de Tarsila de Amaral representa um tipo de linguagem não-verbal e passará uma mensagem diferente para cada pessoa.
Já este soneto, de Vinicius de Moraes, representa uma mensagem por meio de palavras, por meio da linguagem verbal.
Soneto de Fidelidade
“De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Até um dia meu anjo)”