Realismo e Naturalismo 1
1. ASPECTOS GERAIS
a) Duração no Brasil – 1881 a 1893.
b) Obra inauguradora do Realismo – Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.
c) Obras inauguradoras do Naturalismo – O Coronel Sangrado (1877), de Inglês de Sousa e O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo.
d) Mistura – Realismo e Naturalismo misturam-se na literatura brasileira. Não há coincidência apenas de datas; os temas, derivados da filosofia de Tobias Barreto, são comuns às obras dos dois períodos.
e) Guerra ao Romantismo – Realismo e Naturalismo declaram guerra ao Romantismo.
2. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS
a) A burguesia substituiu a aristocracia no poder.
b) A Revolução Industrial trouxe avanço no campo da ciência e da tecnologia.
c) A ciência é exaltada; apregoa-se a idéia de que ela é capaz de resolver todos os problemas da humanidade.
d) Impõe-se as idéias de Darwin (As Origens das Espécies, 1859): o meio condiciona todos os seres vivos, deixando viver apenas os mais fortes. O meio ambiente é capaz de interferir na formação da matéria e do espírito.
e) A teoria do evolucionismo (ou darwinismo) repercute na Economia, na Filosofia, na Política e na Literatura.
f) Nasce, na França, o Positivismo: apegava-se aos fatos, rejeitando qualquer teoria metafísica para a existência e a atuação do homem no mundo.
g) O mundo torna-se materialista, suplantando o subjetivismo pregado no período romântico.
h) As Cartas Filosóficas, de Voltaire: atacam as instituições do clero e da monarquia. Isso provoca a mudança da liderança histórica da aristocracia para a burguesia.
3. SITUAÇÃO BRASILEIRA
a) O Positivismo encontrou ressonâncias na Faculdade de Direito do Recife.
b) A abolição da escravatura provocou um crescimento urbano inesperado, favorecendo as atividades artísticas, entre elas a Literatura.
c) Os primeiros imigrantes europeus (principalmente italianos) chegaram ao Brasil para substituir a mão-de-obra escrava.
d) A decadência da lavoura açucareira virou realidade. A lavoura cafeeira tomou impulso, favorecendo o aparecimento de novas comunidades e o aumento dos bens de consumo.
e) A comunicação brasileira experimentou a revolução do telégrafo.
f) Os jornais, agora com periodicidade regular, fixam-se nos centros culturais.