Como a atividade de escritor caminhava bem, passou a escrever por encomenda. Ao longo de quase 15 anos manteve-se em atividade e publicou muitas obras com diferentes matizes.
Em 1881, com a publicação do romance “O mulato”, passou a ser considerado o pai do Naturalismo no Brasil. A obra trazia muitas polemicas, apontava a corrupção na igreja católica e combatia o racismo. O Cortiço, outra publicação de destaque, trouxe personagens populares para o centro do enredo: operário, lavadeira, prostituta e outras figuras marginais e excluídas da sociedade passaram a ganhar destaque nas letras de Azevedo. O caos instalado nos ambientes sociais, as estruturas do cortiço deram sucesso ao romance do naturalista.
Em 1895, aprovado em um concurso para diplomata, Azevedo deixou a carreira literária de lado. Morreu em 1913 na cidade de Buenos Aires.
João Romão, um dos personagens de “O cortiço”:
“E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha de pedreira para a venda, da venda para as hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa, tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas”.
Outras publicações de Azevedo: Uma lágrima de mulher (1879); Memórias de um condenado (ou A condessa Vésper) (1882); Mistério da Tijuca (ou Girândola de amores) (1882); Filomena Borges (1884); A mortalha de Alzira (1894).
Produção naturalista: O mulato (1881); Casa de pensão (1884); O homem (1887); O cortiço (1890); O coruja (1890).