A literatura jesuítica
Por Redação
Literatura dos Jesuítas
a) Os jesuítas instalados no Brasil eram agentes da Contra-Reforma. Por isso, a atividade principal dos padres era o trabalho de catequese.
b) Num trecho da Carta de Caminha, o autor solicita ao rei que envie gente para a terra recém-descoberta: “Não deixe logo de vir clérigo para os batizar…”
c) Os jesuítas contribuíram para a destribalização dos indígenas, tentando incutir-lhes uma educação européia.
d) Pondo em primeiro plano a intenção pedagógica e moralizante, os textos que produziram têm caráter mais didático que artístico.
e) Nesta linha didática, está o Pe. Manuel da Nóbrega, com o seu Dialogo sobre a Conversão dos Gentios.
f) Em todo o século XVI, só uma figura transpôs a linha do meramente informativo e didático para incluir-se no plano artístico-literário: padre José de Anchieta.
Autores e obras
Pero Vaz de Caminha
Nasceu no Porto, Portugal, por volta de 1437, de família burguesa.
Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, dirigiu a Dom Manuel, o Venturoso, no dia primeiro de maio de 1500, a Carta de Achamento do Brasil. Estaria, nessa época, com uns cinqüenta anos, pois já tinha netos.
Faleceu a 16 de dezembro de 1500, em combate na Índia, assassinado pelos mouros.
Sua Carta possui valor histórico, mas tem também um certo nível literário.
“Caminha resume em poucas palavras todo o cabedal espiritual e material desta gente (os índios), com uma penetração maravilhosa”. (Capistrano de Abreu)
“Graças ao raro talento de observação, de que era dotado, graças sobretudo à fácil ingenuidade do seu estilo, o Brasil teve um historiador no próprio dia do seu nascimento”. (Ferdinand Denis)