A área da Química Inorgânica é o ramo que estuda compostos sem cadeia carbônica que esteja ligada a átomos de hidrogênio. Diversos tipos de materiais inorgânicos, bem como certos nutrientes já eram famosos em tempos antigos, por exemplo:

  • o processo para a obtenção de metais diversos – prata, cobre, ouro, chumbo, ferro, estanho, mercúrio – a  partir de minérios;
  • as técnicas que envolvem a indústria da cerâmica;
  • as etapas para a preparação de vidro, na região do Egito;
  • o processo produtivo para atingir a porcelana, na área da China;
  • os corantes de origem mineral – caso de acetato de cobre (II), além de alvaiade, cinábrio e também do Auripigmento;
  • o enxofre, utilizado em itens específicos para fumo;
  • o cal, que era importante para fabricação de argamassa, presente em todas as construções;
  • os sais, como cloreto de sódio, utilizado frequentemente para a preparação de refeições; o natrão – que é relacionado à produção de vidro e de sabões, e alume, essencial para uso em curtumes.

Além de todos esses elementos, na época em que a Alquimia era bastante utilizada, esses métodos eram conhecidos pelos povos da região árabe.

Tanto óxidos quanto metais são, muitas vezes, alvos primordiais da Química Inorgânica, porque estão presentes na composição de qualquer minério, local de onde o metal é, normalmente, extraído. Ácidos e bases também desfrutam de grande destaque nessa área da Química, pela importância que apresentam para a indústria e para o dia a dia das pessoas. A seguir, para a compreensão ser mais simples, vamos apresentar as principais categorias dessa área de estudos!

3 principais categorias da Química Inorgânica

Química Inorgânica

Óxidos

Esses elementos são caracterizados por se tratarem de compostos binários, ou seja, formados por dois elementos – como é o caso do seguinte exemplo: FeO + Fe2O3 = Fe3O4 – sendo um dos quais o oxigênio, e algum outro que esteja presente na tabela, mas menos eletronegativo – o caso do composto OF2, não  caracteriza um óxido, pois o flúor é um elemento mais eletronegativo que o Oxigênio, o que quebra um dos parâmetros básicos para a definição de óxidos.

Há ácidos óxidos, como é o caso de termos o cátion como ametal – cloro, fósforo, enxofre ou manganês -; óxidos básicos, para quando o cátion se tratar de elemento metálico – bário, cálcio, magnésio-, óxidos anfóteros, que estão conectados a semimetais ou, até mesmo, a metais de transição da tabela, como o ferro, zinco, estanho -, ou ainda óxidos neutros, conectados a gases como o nitrogênio ou a elementos como o carbono.

Os óxidos do tipo ácido têm boa reação com bases. O resultado de tal combinação é um sal e uma água. Entretanto, caso seja um óxido duplo – ou misto – o resultado serão dois sais; já os óxidos básicos apresentam uma reação com ácidos, que resulta em combinação de sal e água; anfóteros poderão reagir com ácidos e também com bases; óxidos neutros, como diz o nome, não tem reação com qualquer espécie química;

Sais

 Esse é o tipo de composto químico que apresenta, ao menos, um cátion que seja diferente de H+ , ou um ânion, que se diferencie de OH.

Tratam-se de elementos que se apresentam sob estado sólido, porque a atração eletrostática é muito forte, quando ocorre uma ligação entre íons. Quando estão em meio aquoso, ou fundidos, são capazes de conduzir eletricidade.

Diferenciam-se dos óxidos, porque podem ser compostos tanto de dois quanto de mais elementos. A maior parte de ânions orgânicos forma sais – caso de CH3COONa – acetatode sódio. Os sais são ácidos, quando resultam da neutralização parcial de um ácido – NaHSO4 -; podem ser classificados como básicos, se resultarem de neutralização parcial de base – Fe(OH)SO4 -;  ou, até mesmo, sais neutros – que são provenientes de  neutralização total –NaCl;

Ácidos e Bases

A Teoria de Arrhenius foi capaz de incluir ambos na categoria de Química Orgânica. Isso porque, segundo a teoria, ácidos são substâncias capazes de liberar íons H+ – caso seja diminuído o pH – quando há o contato com solução aquosa; enquanto bases liberam OH – ao diminuir o pH. Assim, porções estequiometricamente iguais de ácidos e bases, de força igual, neutralizam-se totalmente, resultando na formação de sais, além de moléculas de água líquida.