Ocitocina: o hormônio do amor
Por Victor Palandi
A ocitocina é um hormônio produzido no hipotálamo de forma natural pelo organismo – tanto em homens quanto em mulheres – que é capaz de promover a sensação de bem-estar, segurança e afeto.
É conhecido como o hormônio do amor, porque é liberado durante o contato físico, desde um abraço até relações sexuais. Favorece a empatia durante as interações sociais e é responsável por causar comoção quando estamos diante de situações fofas e emotivas.
Atua como elemento fundamental entre a interação mãe-bebê, já que beneficia o vínculo afetivo entre eles. A ocitocina também é fundamental para a contração do útero de forma ritmada, estimulando a saída do recém-nascido. Diminui o sangramento na hora do parto e contribui para a produção de leite materno.
O efeito do hormônio nos homens faz com que eles se tornem mais generosos, menos agressivos, com comportamentos mais agradáveis e ideias socialmente falando. Contudo, a testosterona pode bloquear um pouco a ação do hormônio do amor no sexo masculino.
Resumo:
A ocitocina e a ciência
Muitos estudos são realizados em torno do hormônio e as descobertas sempre revelam resultados interessantes e surpreendentes, como por exemplo, a pesquisa que apontou que o hormônio é capaz de despertar a monogamia. Homens que possuíam taxa elevada de ocitocina no organismo conseguiam enxergar suas parceiras como perfeitas, sendo mais atraentes do que qualquer outra. Interessante, não é mesmo?
Outra descoberta interessante, de outubro de 2014 revela que o hormônio possui propriedades antienvelhecimento. Ao injetar ocitocina em ratos velhos, os pesquisadores observaram que seus músculos lesionados pela ação do tempo foram recompostos no decorrer de nove dias. Ratos mais jovens, submetidos as mesmas doses do hormônio não apresentaram quaisquer alterações.
Isso significa que a ação da ocitocina em contato com células-troncos de tecidos envelhecidos faz com que as células musculares se dividam muito rapidamente, estimulando a reconstrução dos músculos.
Há quem acredite que mais doses do hormônio do amor na humanidade seriam fundamentais para construir um mundo melhor. É o caso do neuroeconomista Paul Zak. Após anos de estudo ele percebeu que a molécula funciona com um acionador de bondade.
Para chegar a essa conclusão, Zak submeteu algumas pessoas a seus estudos. Em uma situação, fez com que uma delas emprestasse dinheiro para um desconhecido, obtendo assim, mais lucro. Os níveis do hormônio foram maiores para aquelas que receberam a quantia.
Para ele, o hormônio estimula a generosidade, confiança e empatia, pois ela também estimula a elevação dos hormônios de outras pessoas, tornando a sociedade mais afetiva, mais unida entre si.