O que é a Penicilina?
Alexander Fleming foi o cientista que fez uma descoberta da enorme importância: os fungos do gênero Penicillium, que mais tarde se tornou a penicilina.
Por Victor Palandi
Alexander Fleming foi o cientista que fez uma descoberta da maior importância: os fungos, do gênero Penicillium, têm muito poder e poderiam curar infecções no homem. A penicilina – batizada desse modo, por causa do gênero de fungos sobre o qual se baseou o experimento – foi encontrada quase por “acaso”, no ano de 1928.
Fleming estava em um de seus atribulados períodos como professor da escola de cirurgiões e fazia intensos estudos sobre o combate de bactérias em feridas – causa de muitas mortes em ferimentos do dia a dia, acidentes, ou em feridos de guerra. Certo dia, esquece sua cultura da bactéria Staphylococcus aureus sobre a bancada do laboratório. Esse material ficou exposto por um mês no local, porque Fleming havia saído de férias. Quando voltou, se deu conta do deslize e foi observar o que tinha ocorrido com a amostra. Tal visão o surpreendeu, pois localizou sua bactéria contaminada por mofo.
Com um pouco mais de análise, acabou por observar um pequeno halo transparente. Logo Fleming percebe que tal elemento poderia, de fato, conter uma substância de caráter bactericida – ou seja, capaz de eliminar bactérias.
A partir daí, passou a analisar mais atentamente as propriedades bioquímicas do fungo e, um tempo depois, Fleming concluiu que uma determinada proteína, Lisozima, cuja ação era capaz de eliminar, de maneira precisa, diversos agentes causadores de infecções, sobretudo bactérias, como os estafilococos, que são conhecidos por causar muitos tipos de infecções no organismo humano, nos mais variados níveis de gravidade. Essa substância é batizada de penicilina.
O grande ganho, com a descoberta de Fleming, foi o de apresentar uma proteína inofensível para organismos animais, mas absolutamente potente para o tratamento de infecções. Ou seja, o uso humano seria algo absolutamente seguro. Dois cientistas norte-americano, de nomes Howard Florey e Ernst Chain, foram os responsáveis por estabilizar a penicilina e, mais tarde, promover a fabricação em massa desses artigos para ser postos à venda, para o público em geral.
No momento da Segunda Guerra Mundial, a penicilina era utilizada em larga escala, para impedir que a mortalidade de soldados feridos, devido a infecções, fosse muito elevada. Milhares de vidas foram salvas no período.
A penicilina foi então disponibilizada amplamente para toda a população da década de 1940. Em paralelo, no mesmo ano, Fleming, Florey e Chain, ganham o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, justamente por suas descobertas e imensa preocupação com a saúde das pessoas, que agora passariam a ter tratamento contra males como: meningite, bronquite, sífilis, difteria, pneumonia e muitos outros.
Nos dias atuais, a penicilina é utilizada de maneira bem menos intensa, porque seu uso, caso seja praticado indiscriminadamente, fará com que determinados grupos de bactérias que estão infectando o paciente fiquem mais fortes. Assim, as bactérias se fortalecem e o remédio perde o efeito. Assim, hoje o uso da penicilina foi sendo substituído pela Amoxicilina, que é o nome da substância antibiótica mais amplamente difundida, para uso no tratamento de doenças causadas por bactérias, com resultados ainda mais eficazes que os apresentados pela penicilina.