Como são feitos os remédios que tomamos?
Por Victor Palandi
Quando surge aquela dor de cabeça nós já sabemos o que fazer, é só tomar um remedinho que ela vai embora, é um alívio imediato. O ruim é que algumas pessoas tomam o remédio para dor de cabeça, mas começa a sentir aquela dor no estômago. A solução é pegar outro comprimido.
E assim nós vamos consumindo essas substâncias químicas que compõem os medicamentos. Todo mundo que lê a bula de um medicamento, sabe que ele provoca alguns efeitos colaterais. Por isso é importante saber que tipo de remédio você está tomando. Afinal como eles são feitos? Vamos descobrir isso agora.
Resumo:
A origem dos medicamentos
Em meio a tantas substâncias químicas conhecidas, temos as que apresentam atividade farmacológica que recebem o nome de farmoquímicos. A maioria desses farmoquímicos são obtidos por métodos de isolamento e purificação de amostras que têm origem no reino animal e vegetal, como, por exemplo, heparina e digoxina, respectivamente. Muitas substâncias importantes na farmácia e na medicina são encontradas nas famosas plantas medicinais.
Essas não são as únicas fontes de a serem consideradas. Também podemos colocar na lista os de fonte minerais como cloreto de sódio; fonte biotecnológica, as penicilinas; e a conhecida fonte sintética como, por exemplo, o salicilato de metila.
Os medicamentos são produzidos e contêm em sua composição, substâncias consideradas especiais, que são responsáveis pelo efeito desejado, conhecidas como princípio ativo. Com o desenvolvimento da química, a obtenção desse princípio ativo ficou muito mais eficiente, o que aumentou a eficácia nas pesquisas em química de produtos naturais e em síntese química, que produz, em muitos casos, o que a natureza não produz.
Como o remédio é criado?
Vamos supor que que a doença a ser combatida seja causada por um vírus, o passo inicial é criar uma molécula cuja função seja a de coibir o funcionamento de alguma enzima essencial para a sobrevivência ou reprodução desse agente patogênico.
Para isso pode ser feita uma inovação incremental, quando se realiza mudanças em estruturas ativas da molécula, ou com ideias totalmente novas, que podem até ter a ajuda de softwares de computadores.
Os softwares fazem a modelagem molecular e depois disso, vem a segunda fase que é a síntese química das substâncias planejadas, na qual cada estrutura necessita ser minuciosamente construída de acordo com o plano traçado.
Como um medicamento entra no mercado
Esse processo é muito trabalhoso, caro e rebuscado, após o isolamento do fármaco ou a síntese química este deve ser caracterizado por sua determinação estrutural, propriedades físicas e propriedades químicas.
Depois da caracterização, vem a fase dos testes de atividade biológica, como por exemplo ação sobre o agente patológico, sobre o sistema biológico entre outros. Existem também os testes toxicológicos que garantem a segurança do medicamento.
Logo após isso começam os testes clínicos com os voluntários que são rigorosamente acompanhados, através de diversos exames. Se o medicamento é aprovado, são feitos estudos sobre técnicas que garantam a produção continua e segura do produto. Notamos mais uma vez a influência da química, desenvolvendo técnicas para a análise e controle de qualidade.