Como funciona a desnaturação das proteínas
Por Victor Palandi
O funcionamento de alguns elementos que compõem o funcionamento do corpo humano é um verdadeiro mistério para a maioria das pessoas. E apesar de o nome de algumas substâncias serem bastante conhecidas, a verdade é que grande parte da população não sabe como funcionam os processos que elas passam dentro do corpo.
Um bom exemplo disso são as proteínas. Você com toda a certeza já ouviu falar de proteínas, mas sabe realmente o que são e os processos que elas passam dentro do corpo, como a desnaturação?
Se a resposta é não, continue lendo. Isso porque reunimos aqui informações que vão ajudar você a entender melhor esse processo.
Resumo:
O que são proteínas?
As proteínas nada mais são do que estruturas que são compostas pela união de diversas moléculas de aminoácidos por meio de ligações peptídicas. Elas possuem quatro níveis estruturais. São eles a estrutura primária, a estrutura secundária, a estrutura terciária e a estrutura quaternária.
E onde entra a desnaturação?
Todas as proteínas tem o início de sua existência no ribossomo. Elas começam como uma estrutura linear formada de resíduos de aminoácidos. Essa estrutura passa por uma série de processos para atingir por fim a sua conformação nativa.
Assim, a proteína assume a sua função dentro de um meio celular específico. E condições externas que sejam diferentes daquelas que estão presentes dentro do interior das células proteicas podem resultar em diversas alterações na estrutura das proteínas.
E uma perda da estrutura tridimensional que seja suficiente para causar a perda de função é o que ganha o nome de desnaturação. Basicamente o estado desnaturado de uma proteína não vai necessariamente corresponder a um desenovelamento completo da estrutura proteica e uma randomização de conformação.
O que acontece é que na maioria dos casos e situações, as proteínas que são desnaturadas se encontram dentro de um conjunto de estados que são apenas parcialmente enovelados e pouco elucidados.
E o processo pode acontecer por diversos motivos. Grande parte das proteínas pode ser desnaturada pelo calor. Isso porque ele é capaz de afetar as interações fracas dentro de uma proteína de maneira bastante complexa. Essa alteração repentina na estrutura da proteína mostra que o desenovelamento é um processo cooperativo. Isso significa que a perda de estrutura em uma parte da proteína é responsável por desestabilizar as outras partes.
Mas o calor não é o único fator que pode causar a desnaturação proteica. Situações como extremos de pH, alguns solventes misturáveis com água – como álcool e acetona -, alguns solutos de ureia e cloridrato de guanidínio ou mesmo detergentes podem ser responsáveis pelo processo de desnaturação da estrutura proteica.
No caso do calor, especialmente as ligações de hidrogênio são afetadas.