A criação do Estado de Israel e a questão palestina
Desde a Antiguidade, uma região do Oriente Médio é chamada de Palestina pelo império Britânico.
Aproximadamente em 120 a.C, os hebreus (judeus) conquistaram esta região. Porém, com consecutivos domínios estrangeiros sobre este território, foi iniciado um processo de dispersão (diáspora) da população judaica para outras regiões, embora grande parte ainda continuasse na Palestina.
Duas grandes revoltas ocorreram por parte dos judeus contra o domínio romano, ocasionado a demolição do Templo de Jerusalém, aumento da dispersão dos judeus e a proibição deles habitarem em Jerusalém, o que resultou na dispersão de hebreus pelo Império Romano.
Com isso, as populações helenísticas passaram a ocupar a Palestina, que no ano de 395 passou a ser uma província.
No ano de 1517, a Palestina foi conquistada pelos turcos otomanos (Império Turco). E já no século XX, havia populações de judeus habitando na região juntamente com o povo árabe, fato este que ficou mais intenso em 1918, o que gerou um incomodo na população árabe, e com isso os judeus imigrantes criaram um movimento paramilitar chamado Haganah, com o objetivo de se proteger e armar planos para futuramente atacar os árabes.
A Declaração de Balfour feita pelo ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros favorecia a instituição de um novo Estado judeu, mas como a Grã-Bretanha mantinha uma ótima relação econômica com os Estados mulçumanos do Oriente Médio, tentou impedir a imigração dos judeus para não contrariar seu aliado, porém a população de judeus, e a organização dos terroristas na Palestina pressionavam o mundo para a criação desse novo Estado.
Finalmente, em 1947 foi aprovado pelas Nações Unidas o plano de Partilha da Palestina, que dividiu o território em dois Estados: um judeu e outro árabe, com o principal objetivo de acabar com o confronto que havia entre as duas sociedades.
O plano de partilha da Palestina foi recusado pelos Estados árabes.
No ano de 1948, foi proclamado o Estado de Israel pelos judeus, que foi invadido pelos países árabes vizinhos, dando inicio a primeira guerra árabe-israelense.
Os países árabes que estavam na guerra eram Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano, estes foram derrotados pelo Estado de Israel, o que levou a ampliação do território israelense, que passaram a dominar 75% da Palestina. Com isso, teve inicio a expulsão dos palestinos para países vzinhos.
O restante do território Palestino condiz à Faixa de Gaza e a Cisjordânia que estavam ocupadas respectivamente pelas tropas armadas do Egito e da Jordânia.
Segundo Conflito: Guerra de Suez (1956)
Com o objetivo de garantir o acesso dos ocidentais (principalmente franceses e ingleses) ao comércio oriental, antes realizado pelo contorno do sul da África. O controle das operações realizadas no canal ficou sob o domínio inglês e continuou mesmo após a independência do Egito. No entanto, em 1952, um Golpe de Estado realizado pelo revolucionário Gamal Abdel Nasser pôs fim ao regime monárquico do rei Faruk. A liderança de Nasser no governo egípcio revelou uma política de caráter nacionalista, buscando a modernização do Estado por meio da reforma agrária, do desenvolvimento da indústria e de uma melhor distribuição de renda. A luta contra o Estado de Israel, entretanto, não deixou de ser alimentada.
Numa atitude de combate ao colonialismo anglo-francês, Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a navegação de navios israelenses no local. A medida causou um grande impacto na Inglaterra, França e Israel que, então, iniciaram uma guerra contra o Egito. No desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos e a União Soviética interferiram, obrigando os três países a retirarem-se dos territórios ocupados. Ao final, o Canal de Suez voltava, definitivamente, para o Egito, mas com o direito de navegação estendido a qualquer país.
A Guerra de Suez revelou uma nova referência para o contexto político da região: a cumplicidade de Israel com as potências imperialistas ocidentais. Tal constatação acentuou a ruptura entre árabes e judeus, abrindo precedentes para novos conflitos.
Terceiro Conflito:Guerra dos Seis Dias (1967)
No ano de 1967, o líder egípcio Nasser, armou um esquema para fazer com que a Síria e a Jordânia mobilizassem suas tropas para apoiá-lo em caso de um revide israelense.
Na manhã de 5 de junho, a força Aérea Israelense (FAI) executou um ataque coordenado às principais bases aéreas do Egito destruindo quase todos os seus aviões no solo e inutilizando as pistas.
No decorrer da guerra, a FAI conseguiu derrotar 350 aviões árabes foi derrotado somente 31 deles.
No Sinai, o exército egípcio tinha sete divisões e cerca de 950 carros de combate, distribuídos em posições defensivas.
O Exército israelense montara a Operação Lençol Vermelho, realizando a guerra-relâmpago.
No dia 8 de junho, os israelenses armaram uma embocada exterminando 60 tanques, 100 canhões e 300 veículos.
Para reabrir o estreito de Tiran, foi enviado um grupo de combate para o sul da península, com o objetivo de encontrar-se com uma força de pára-quedistas que saltara em Sharm-el-Sheikh, mas não houve luta, pois a guarnição egípcia havia batido em retirada.
Excepcionalmente na história das guerras, houve uma vitória tão ampla foi conquistada em tão pouco tempo, forma apenas quatro dias para vencer um exército de sete divisões.
Vejamos a seguir no mapa os territórios conquistados:
Podemos observar a seguir o mapa da “cidade velha” e como foi feita sua divisão.
Quarto conflito: Guerra do Yom Kippur(1973)
Em 6 de outubro de 1973, teve inicio a guerra de Yom Kippur, onde os árabes começaram levando vantagem, pois a Síria recuperou as Colinas de Golã, e o Egito dominou uma porção da península de Sinai.
Porém os israelenses com o apoio dos Estados Unidos recuperam as colinas de Golã e Sinai, com isso Egito e Síria forma derrotados por Israel.
Acordo de Camp David
Com o cessar-fogo estabelecem-se as relações diplomáticas, iniciando-se um processo que é designado por paz americana. Iniciado em 1974/1975 com a metodologia dos pequenos passos de Henry Kissinger e, continuada pelo presidente Jimmy Carter em 1978/1979, ela visa, por parte dos E.U.A., a divisão do mundo árabe. A visita do presidente egípcio a Israel (1977) e os Acordos de Camp David (1978), que preparam um tratado de paz separado entre Israel e o Egipto, concluído em 1979, constituem acontecimentos de relevo político na região. O presidente Sadate terá procurado nesta estratégia discutir a solução do problema palestino. Numa outra perspectiva, o tratado deveria atrair outros estados árabes, nomeadamente a Jordânia. A realidade posterior não viria a confirmar estas perspectivas, e os dirigentes israelitas prosseguirão até 1983 uma política assente na agressividade e na ocupação (os Montes Golan em 1980). Quanto às conversações sobre a autonomia dos Territórios Ocupados, previstas no Tratado de Paz entre o Egito e Israel, elas são praticamente ignoradas, e Israel continuando a instalar colunatas na Cisjordânia.
Intifada
Em 1987 teve inicio uma revolta popular em Gaza chamada de Intifada, onde os palestinos atacavam os israelenses. A população armada de paus e pedras enfrentava diariamente os soldados israelenses, que tentavam conter a rebelião de forma brutal atacando com paus, pedras, balas de borracha e bombas de gás, e isso acabou prejudicando a imagem de Israel, e esta ação acabou sendo condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, predominando a opinião pública mundial favorecendo a OLP.
E em 1988, foi instituído o Estado Independente da Palestina pelo Conselho Nacional Palestino, no território de ocupado por Israel em 1967. Neste mesmo ano, o rei Hussein admite que a OLP está representando bem os palestinos e desiste de ocupar a Cisjordânia. No ano de 1991, é realizada a 1ª Conferencia Internacional de Paz para o Oriente Médio, da qual o Conselho aceitou a participar.
Em 1993 foi estabelecido o Acordo de Paz de Oslo *,dando origem assim á Autoridade Palestina, na qual os termos nunca foram cumpridos pelos palestinos.
* Uma série de acordos,entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, que previa o termino dos conflitos.
Podemos observar na figura a baixo as áreas controladas pelos palestinos na Cisjordânia.
O ano de 1996 se destacou devido à eleição do primeiro-ministro Binyamin Ntanyahu do partido de likud. O método usado para a pacificação da região encontrava-se em espera,enquanto isso os terroristas palestinos recrudescem seus atentados.
Já no ano de 1998 Arafat e Netanyahu, vão até os EUA para mais uma de suas negociações, que teve como conseqüência a assinatura do acordo de Wye Plantation.
Em 17 de maio de 1999 Ehud Barak é eleito e devido a essa eleição Israel retomou a politica de devolução dos territorios, ja determinada no acordo de Wye Plantation, deixando livres 7% da Cisjordânia.
Podemos observar a seguir no mapa a ocupaçao de Palestinos e Iraelenses na Faixa de Ganz.
As Situações dos Territorios Palestinos em 2000
No ano de 2000, Ehud Barak continuava no poder, porém em setembro do mesmo ano teve um colapso no seu governo, o fim das conversações de paz e o agravamento de violência gerado entre israel e palestinos, que só ocorreram devido a visita de Ariel Sharam ao monte do templo.
Israel se retirou de sete cidades da Cisjordânia e também da zona de segurança no sul do Libano. Alguns palestinos estão sob juristição da autoridade palestina.
Após quase 2 anos como primeiro-ministro Ehud Barak renuncia ao cargo, dando espaço para novas eleições na qual o vencedor é o maior inimigo dos paçestinos, “Ariel Sharon” do partido LIKUD.
Em fevereiro de 2001 Sharon já eleito o Primeiro-Ministro de Israel,mantém sua postura belicista perante os terroristas palestino e afirma que continuará com a construção de assentamento nos terrirorios ocupados.Devido as afirmações de Sharon,os grupos Jinhad Istamico e o Hamas aumentaram os números de atentados suicidas.
Para se vingar dos atentados, o governo de Israel começou atacar as áreas de controle da ANP com bombardeios aéreos.
Enquanto isso, Arafat ficou confinado na cidade de Ramallah na Cisjordânia até maio de 2002, sendo acusado de não conter atentados terroristas praticados pelos palestinos.
No decorrer desses acontecimentos, Israel admitiu a politica do “Muro Protetor”, para tentar acabar com a infra-estrutura do terror por meio de tropas e escavadeiras preenchendo praticamente todas as cidades que estavam sob o dominio palestino na Cisjordânia.
A situação em 2003
Os atentados palestinos suicidas contra a população civil de Israel só aumentavam, e com isso a situação de Gaza e Cisjordânia se complicou.
A Autoridade Palestina foi responsabilizada por estes atentados, pois o governo israelese acusou Yasser Arafat de não agido para impedir as ações dos terroristas.
Ainda em 2003, foi construído um muro pelo governo israelense para separar a Cisjordânia de Israel, com o objetivo de conter os atentados.