3. Crescimento da população
O primeiro recenseamento da população brasileira foi realizado no ano de 1872. A partir daí tornou-se possível ter um conhecimento e controle mais amplo do crescimento populacional.
ESTIMATIVAS DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA PERÍODO (1500 – 1872)
POPULAÇÃO NAS DATAS DOS RECENSEAMENTOS GERAIS E TAXA MEDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL (1872-2000)
Entre os anos de 1872 e 2000 houve um crescimento considerável da população no Brasil, especialmente na década de 50 quando a mortalidade estava em decadência e a natalidade apresentava índices elevados. Os principais fatores contribuintes para o crescimento populacional brasileiro são: crescimento vegetativo ou natura e a imigração.
Por volta da década de 70 esse crescimento ficou mais lento em razão de algumas mudanças, como por exemplo, o grande aumento dos custos para sobreviver e o fácil acesso aos métodos anticoncepcionais.
Os censos de 1991 e 2000 também apontam uma queda na taxa de crescimento populacional.
Crescimento vegetativo ou natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
CV = Natalidade – Mortalidade
Crescimento populacional absoluto e relativo da população residente, segundo as Grandes Regiões – 1950/2000
Taxa de natalidade
É a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o número de habitantes. Obtemos essa taxa tomando os nascimentos ocorridos durante um ano, multiplicando-se por 1000 e dividindo o resultado pela população absoluta, ou seja:
Taxa de Mortalidade
É a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. Obtemos essa taxa tomando os óbitos ocorridos durante um ano, multiplicando-os por 1000 e dividindo o resultado pela população absoluta, ou seja:
Mortalidade infantil: a taxa de mortalidade infantil é obtida através da divisão entre o número de crianças com menos de um ano que morreram num determinado ano, pelo número de crianças no mesmo ano.
Em 1990, a mortalidade infantil no brasil era bastante elevada, com índices de 50%, mas no decorrer desta década foram adotadas políticas públicas que refletiram em melhorarias no exame de pré-natal e no acesso da população à rede pública de saúde, com isso houve uma queda deste índice que em 2000 era de 29%.
A teoria neomalthusiana ou antinatalista tem como propósito adotar diversos processos de anticoncepção para controlar a natalidade. Esta teoria argumenta que o acentuado crescimento demográfico é um estorvo para o desenvolvimento econômico, e, além disso, a população jovem em massa requere altos investimentos em escolas e hospitais, e conseqüentemente dificulta a capacidade do país realizar investimentos produtivos.
Os reformistas constituem a oposição à esta teoria, propondo reformas sociais e econômicas, pois acreditam que as condições de pobreza de certos países é a principal causa do crescimento demográfico.
* A faculdade reprodutora é calculada através da quantidade de filhos por mulher em idade fértil.
A tabela demonstra que:
Houve uma queda na taxa de crescimento populacional anual do Brasil entre 1991 e 2000. Neste mesmo período, as maiores taxas de crescimento foram demonstradas nas regiões norte (2,86%) e Centro-Oeste (2,37%). Já as menores taxas de crescimento populacional são notadas na Região Nordeste (1,30%).
As regiões Sul e Sudeste tornaram estáveis os padrões de crescimento, com 1,42% e 1,60%, respectivamente.
O Censo Demográfico de 2000 aponta que as Regiões Sudeste, Nordeste e Sul permaneceram como as regiões mais populosas do Brasil. As Regiões Norte e Centro-Oeste aparecem como as menos populosas.
A população rural predominou no Brasil até 1960. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional.
Conforme um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o abandono do campo em direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias.
Atualmente, 75% da população brasileira urbana. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%.