O sistema político brasileiro “grita” por uma reforma política urgente há anos, e um dos pontos mais criticados por analistas sempre apontou para as coligações, que para muitos, são verdadeiros convites à corrupção no Brasil.
Uma boa notícia veio do Senado Federal nesta semana, já que foi aprovado o fim das coligações para eleição de deputados e também de vereadores, o que poderá representar um primeiro passo rumo à tão sonhada e aguardada reforma política.
Resumo:
Na verdade, ainda é cedo para comemorar!
No entanto, apesar de ser uma boa notícia de fato, a verdade é que ainda é cedo para comemorar, já que o que foi aprovado pelos senadores brasileiros ainda terá de passar por mais discussões e por mais uma votação de 2º turno na casa.
A aprovação, no entanto, aponta para uma tentativa de moralizar e de higienizar as eleições para deputados e para vereadores, que por conta das coligações escusas praticadas pelos partidos políticos, acabam levando à corrupção generalizada.
O Senado Federal votou e aprovou em primeira instância o fim das coligações para as eleições de deputados e vereadores na última terça-feira, dia 10 de março, e a votação foi realmente expressiva: 61 votos a favor e 7 contra, além de 2 abstenções.
PEC de autoria de José Sarney
O ex-presidente do Senado Federal e também ex-presidente da república José Sarney, do PMDB do Amapá, foi o autor do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que foi aprovada em primeira instância pela casa no último dia 10 de março.
No entanto, esta PEC ainda deverá ser discutida mais uma vez pelo Senado Federal antes de ir novamente à votação, desta vez em segunda instância, para ser aprovada de fato pela casa.
Um avanço e tanto!
Apesar de ainda não haver de fato um motivo para comemorar em definitivo, a verdade é que o simples fato de estar sendo votada uma proposta que prevê o fim das coligações para a eleição de deputados (federais e estaduais) e vereadores já pode ser considerado um avanço e tanto.
A proposta defende que o fim das coligações para deputados e vereadores seja praticado para evitar que alianças escusas e confusas sejam estabelecidas, já que este tipo de aliança quase sempre serve para eleger corruptos.
No entanto, as coligações ainda estarão presentes para as eleições majoritárias: governadores, presidente e senadores, o que ainda representa algo a ser mudado no futuro.