Paulo Maluf é um homem de muitas facetas. Hoje aos 82 anos, já foi deputado federal, empresário, prefeito e governador. O paulistano filho de libaneses é um dos grandes nomes da política no Brasil, sendo diversas vezes acusado de corrupção dentro e fora do Brasil.

Começou a carreira como presidente da Caixa Econômica  Federal nos anos 60, passando para o meio político no final dos anos 80, onde entrou em seu primeiro partido, o Arena, base do regime militar. Ao concorrer, em 1985, á presidência da república, o partido foi dividido devido a uma disputa por poder dentro do próprio partido. Maluf perdeu a eleição para Tancredo Neves. Já o Arena, liderado por José Sarney se tornou o Partido da Frente Liberal, o PFL. Ultimamente anunciou sua volta ao comando do Partido Progressista como presidente estadual.

Maluf

Formado em engenharia civil pela USP em 1954, afirmou no Jornal Estadão que sua formação tem grande influência em sua carreira como político. Pudemos ver isso em prática quando Maluf tomou frente sobre o projeto do Minhocão, idealizado em 1968. Com sua contribuição o Minhocão se estendeu até o Largo Padre Péricles, em Perdizes e se tornou um grande símbolo da cidade de São Paulo.

O ex-Prefeito, Governador e Secretário Estadual de Esportes, voltou a ser preso por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas junto com seu filho Flávio. Maluf não pode, até hoje, pisar em países em que a Interpol possui agências.

Além de sua participação controversa na política, Maluf é famoso por suas frases polêmicas. “Estupra mas não mata” e “perto do Lula, sou um comunista” são algumas das pérolas colecionadas por jornalistas de todo o país. Assim como as frases citadas acima, o ex-deputado já soltou opiniões duvidosas e um tanto quanto preconceituosas. “Professora não é mal paga, é mal casada” foi uma das mais repercutidas entre o público.

Paulo Maluf

Ultimamente tem enfrentado julgamento sobre movimentações ilegais feitas no exterior no valor de US$200 milhões. Esse julgamento vem se arrastando desde 2005, quando Maluf foi preso pela primeira vez. Em conversa com advogados acabou confessando administrar uma das empresas envolvidas no escândalo. O desvio de dinheiro, segundo o Deutsche Bank, foi realizado entre  1993 e 1996, quando Maluf foi prefeito de São Paulo.

Em resposta ao desvio feito do Brasil para fora, o Deutsche Bank tomou providências e devolveu cerca de R$47 milhões ao cofres brasileiros.