Quando você imagina que a educação brasileira não poderia estar pior (devido as ocupações sofridas no fim do ano passado, por exemplo), vimos a polêmica das cartilhas de educação sexual do MEC virando assunto principal entre pais, escola e governo. Imagine você, pai e mãe, de uma criança que ganhou da escola, por intermédio do MEC, uma cartilha sobre educação sexual para uma criança.
Resumo:
Polêmica
Em 2013, foi aprovada a cartilha de educação sexual, posteriormente distribuída nas escolas públicas. O objetivo era educar as crianças entre 6 a 12 anos sobre a sexualidade. As cartilhas tiveram acompanhamento de psicólogos e pedagogos para que tanto a linguagem quanto as ilustrações fossem fáceis para as crianças entenderem.
Entretanto, deve ser mais ainda analisado, uma vez que, dependendo da comunidade em que a criança está inserida, a cartilha pode ser chave de entrada para começar relações sexuais precoces, podendo desenvolver doenças ou até gravidez indesejada, dependendo do caso. É importante sim educar, mas é preciso repensar qual é a idade mais apropriada para se tratar, porque tem a ver com a maturidade da criança. É comum vê-las curiosas nessa idade, portanto, todo cuidado é pouco, uma vez que pode trazer efeitos contrários ao planejado.
Essa cartilha, quando foi lançada, revoltou muitos os pais que não sabiam o que fazer com aquele material na mão de seus filhos, pedindo para que a escola excluísse esse tipo de cartilha do ambiente escolar. Não é questão de privar a criança de conhecer e saber do assunto, mas da forma como as cartilhas foram ilustradas e as palavras utilizadas são inapropriadas. Sabe-se que essas cartilhas foram recolhidas das escolas, entretanto não é raro encontra-las nas bibliotecas.
Caso Bolsonaro
No começo de janeiro outro caso envolvendo a cartilha sexual do MEC foi um dos assuntos mais comentados do Twitter. Isso porque o deputado Jair Bolsonaro publicou um vídeo afirmando que o tal livro, Aparelho sexual & Cia, um guia inusitado para crianças descoladas, foi feito para crianças de 9 a 10 anos aprenderem sobre o sexo. Entretanto, o próprio MEC desmentiu a história, dizendo que o livro não fazia parte da coleção de educação sexual aprovada pelo Ministério.
Inclusive, o MEC concorda da inadequação do conteúdo deferido nas páginas do livro, uma vez que parece incitar as crianças a praticar relações sexuais. Bolsonaro também disse que o livro foi distribuído nas escolas públicas, também outra mentira. Saiba que a obra é de 2007 e é de uma autora francesa, que, por sinal, fez muito sucesso lá fora.
Tudo que diz respeito à educação sexual para crianças entrará em um assunto muito delicado e complicado para se tratar com os pré-adolescentes. Todo cuidado é pouco. Em ambos os casos, houve muita polêmica, porque muitos pais se revoltaram com a situação. O caso ainda é muito comentado nas redes sociais, uma vez que chocou uma parcela da sociedade, mesmo que o livro vem sido editado pelo Brasil desde 2007.