Origem do PT

O Partido dos Trabalhadores, conhecido pela famosa sigla PT, é um dos maiores partidos políticos brasileiros, contando atualmente com mais de 1,5 milhão de afiliados.

Sua história remonta aos movimentos pelas Diretas, em fins dos anos 1970 e inicio dos anos 1980, que lutava pelo retorno das eleições diretas para presidente, governadores e prefeitos, já que o Brasil estava no período da ditadura militar.

O partido foi fundado em 10 de fevereiro de 1980, oriundo dos movimentos de esquerda constituídos por dirigentes sindicais, intelectuais e líderes católicos ligados à chamada Teologia da Libertação.

Esses líderes se reuniram no Colégio Sion, em São Paulo para decidir como fundar um partido político que aglutinasse todas essas correntes de pensamento de viés socialista. Entre os principais líderes em sua fundação, contavam Apolonio de Carvalho, Mário Pedrosa, Antonio Candido e Sérgio Buarque de Hollanda.

A principal liderança do partido é e sempre foi Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido apenas como Lula. Esse líder sindical ficou famoso por sempre aparecer como opção de candidato à presidência da República do partido, tendo finalmente se elegido em 2002.

É nesse momento, onde um presidente oriundo das classes mais pobres da população (algo inédito) e representante de um partido com viés de esquerda, que surge no Brasil uma esperança de mudança nunca antes vista.

Contudo, na prática, houve poucas mudanças econômicas em relação ao seu antecessor Fernando Henrique Cardoso (FHC), do rival PSDB. No sentido das políticas sociais, fora o fiasco do programa Fome Zero, houve também o criticado programa Bolsa Família, que visava distribuir renda para famílias carentes de regiões mais pobres sem que essas famílias dessem qualquer tipo de contrapartida, o que gerou uma saraivada de criticas.

Infelizmente, o Partido dos Trabalhadores mudou demais em relação aos seus princípios, e a própria eleição de Lula comprova isso: o sucesso do petista se deu principalmente graças às alianças com partidos de aluguel, como o PL (Partido Liberal) do vice-presidente José Alencar. Outro fator que desagradou parte da militância tradicional e também fez com que membros famosos como Heloísa Helena, Cristovam Buarque e Marina Silva se desligassem do partido foi o famoso escândalo do Mensalão, ocorrido no primeiro mandato de Lula. O escândalo consistia no pagamento mensal feito por líderes petistas a parlamentares para que estes aprovassem projetos de lei do governo.

O escândalo foi grande, mas naquele momento, não teve impacto na popularidade do então presidente, que conseguiu sua reeleição em 2006 e ainda por cima conseguiu emplacar a eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff em 2010.

O escândalo, ocorrido em 2005, foi tão forte para algumas lideranças do partido que o então Ministro da Casa Civil (homem forte do governo) José Dirceu foi afastado, já que segundo o delator Roberto Jefferson, do PTB (aliado do governo) o acusou de ser o mentor do esquema.

As investigações se estenderam por anos, até que em 2 de agosto de 2012, teve inicio no Supremo Tribunal Federal o julgamento do Mensalão, com 38 réus. Desse julgamento, resultaram as condenações dos lideres petistas José Dirceu (10 ano e 10 meses de prisão), José Genoíno (6 anos e 11 meses de prisão) e do tesoureiro do partido Delúbio Soares (8 anos e 11 meses de prisão). Vários outros envolvidos também foram condenados nesse que é o pior esquema de corrupção da história do Partido dos Trabalhadores.

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