“Não é por 20 centavos”. Quem se lembra?
Em junho de 2013, os protestos que tomaram conta do Brasil por conta do aumento da tarifa dos transportes públicos, podem ser um dos atos mais evidentes deste novo Brasil.
Por Victor Palandi
Os brasileiros têm vivenciado momentos nunca antes vistos na história do país. Seja ela antiga ou atual, jamais havia tido atos, protestos ou movimentos que pedissem uma mudança tão efervescente e de maneira que captasse pessoas de distintas classes sociais ou ideológicas, sejam elas políticas ou para uma causa própria. Podemos comparar os atos que reuniam milhares de pessoas na época da ditadura, mas eram movimentos classistas, que em sua maioria em encabeçados por militantes de esquerda ou por coletivos que eram contra a maneira de gestão do governo e contra a tortura e morte dispensada pelos militares que ali estavam no poder. Neste artigo, vamos abordar uma das principais reivindicações dos brasileiros em 2013!
Resumo:
“Não é por 20 centavos”
Iniciado em junho de 2013, os protestos que tomaram conta das maiores capitais do Brasil por conta do aumento da tarifa dos transportes públicos, podem ser um dos atos mais evidentes deste novo Brasil que tem ido para as ruas protestar por melhorias em diversos setores e mais qualidade de vida. Em São Paulo, os atos que concentravam mil, duas mil e no máximo cinco mil pessoas, viu tomar forma e grande proporção após as covardes agressões de policiais militares frente à população, ou seja, o despreparo da PM em lidar com a situações fez mais pessoas abraçarem a causa e irem atrás de seus direitos.
Isso explica que, após o dia 13 de junho, quando a PM, com sua Tropa de Choque, encurralou manifestantes e jornalistas na esquina das ruas Maria Antônia e Consolação, que promoveu muitas pessoas feridas com tiros de bala de borracha e por materiais dispersos após o atrito da lata que envolve o gás lacrimogêneo com o chão. Após a data, em outro ato, mais de 50 mil pessoas saíram do Largo da Batata para diferentes destinos, como a Avenida Paulista e o Palácio do Governo, com isso, após mais de 20 dias de resistência, protestos e pedidos, tanto o governo municipal, através da prefeitura, como o governo estadual, entraram em um acordo e resolveram esse empasse, passando a tarifa de R$ 3,20 para R$ 3.
Neste modo, podemos colocar o protesto contra o aumento nos valores das tarifas de transporte público como uma das principais reivindicações dos brasileiros. Ainda nessa descrição de abordagem, o protesto em si foi algo vantajoso e vitorioso, pois além da redução na tarifa, a reivindicação beneficiou várias pessoas, que dependem todos os dias de usar ônibus e metrô para sua locomoção.