Depois da morte trágica de Eduardo Campos, que se deu no último dia 13 agosto, na cidade de Santos, em virtude de um acidente de avião, Marina Silva, que era sua candidata a vice-presidente assumiu a campanha.
E curiosamente, Marina Silva tem se mostrado um verdadeiro incomodo, especialmente para a presidente Dilma Rousseff, que se candidatou à reeleição, e que até então liderava com folgas na disputa eleitoral.
Pois eis que a acreana se mostrou uma adversária realmente forte, e com isto, cada vez mais ela tem crescido nas principais pesquisas de preferência de voto, deixando para trás o candidato do PSDB, Aécio Neves, e encostando perigosamente em Dilma.
E todas as propostas dela agora passam pelo crivo da mídia, e são muito divulgadas, com grande repercussão nos quatro cantos do Brasil, sendo que a mais recente diz respeito ao Banco Central, que segundo a candidata, deve ser autônomo.
Para Marina Silva, a defesa de um Banco Central autônomo se dá desde os tempos do Plano Real, já que se trata de um assunto que é consenso há bastante tempo, sendo que segundo suas próprias palavras, o próprio ex-presidente Lula, antes de assumir o seu primeiro mandato, emitiu uma carta aos brasileiros na qual se comprometia a manter os elementos e os instrumentos macroeconômicos do governo de Fernando Henrique Cardoso.
No entanto, na opinião da candidata do PSB à presidência da república, a gestão atual da presidente Dilma simplesmente ignorou certos preceitos, deixando que muitos deles se deteriorassem, e inclusive deixando que a autonomia do Banco Central, que é o foco da proposta em questão, fosse perdida.
Para Marina Silva, o que ela propõe em relação à autonomia do Banco Central simplesmente não carrega nada de novo, já que se trata de algo que já vigorava na prática no governo FHC, e que também foi mantido a duras penas durante o governo Lula.
No entanto, como já dito anteriormente, ela acredita realmente que isto se perdeu durante o governo de Dilma Rousseff, o que gerou a necessidade de um retorno às origens autônomas do Banco Central.
Portanto, para Marina Silva, a sua proposta nada tem de novo, já que seria apenas uma espécie de resgate do que já existiu em uma época recente, e que era essencial para a manutenção da saúde financeira do país, mas que segundo ela, se perdeu durante o governo Dilma.