Uma das coisas que já estavam previamente acertadas por Dilma Rousseff antes mesmo da confirmação de sua reeleição, que se deu há poucas semanas, era que Guido Mantega não seria mais seu Ministro da Fazenda em um possível segundo mandato.
Com esta notícia, muita gente começou a se perguntar mais sobre a figura de Guido Mantega, e para procurar lançar luz sobre sua figura, vamos procurar detalhar quem é Guido Mantega e quais foram seus principais feitos no Governo.
Resumo:
Um economista ítalo-brasileiro
Poucas pessoas sabem disto, mas Guido Mantega, atual Ministro da Fazenda do Brasil não é brasileiro, sendo que ele na verdade é um economista ítalo-brasileiro, nascido na cidade de Gênova, no dia 7 de abril de 1949.
Guido migrou para o Brasil ainda na juventude, sendo que se formou em Economia pela Universidade de São Paulo, onde também concluiu seu doutorado e sua especialização em Sociologia.
Guido também foi professor nos cursos de mestrado e doutorado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entre os anos de 1982 e 1987, ministrando aulas para figuras importantes como Demian Fiocca e José Márcio Rego.
Atualmente, Guido é professor licenciado da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da tradicional Fundação Getúlio Vargas, sendo que deixou a vida acadêmica para atuar na vida pública pela primeira vez durante a administração da então petista Luiza Erundina como prefeita de São Paulo.
Nesta ocasião, Guido Mantega trabalhou como assessor de Paul Singer, que era Secretário Municipal de Planejamento da Prefeitura de São Paulo, cargo que exerceu entre 1989 e 1992.
Governo Lula
Guido Mantega se aproximou ainda mais do PT em 1993, quando se tornou assessor econômico de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo que este cargo acabou por fazer dele uma figura indispensável para o partido no que diz respeito à área econômica.
Em 2002, Mantega participou como um dos coordenadores do programa econômico elaborado pelo PT para a candidatura Lula, que acabou sendo vitoriosa, o que o levou ao cargo de Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão do primeiro governo Lula.
Com a renúncia de Carlos Lessa, Guido foi transferido deste cargo para o de presidente do cobiçado Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, cargo onde permaneceu até 2006, quando assumiu o Ministério da Fazenda em substituição a Antonio Palocci.
Em 24 de novembro de 2010, a então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff confirmou que Guido continuaria no cargo de Ministro da Fazenda durante o seu governo.
Guido atuou como Ministro da Fazenda durante todo o primeiro mandato de Dilma, mas com as críticas e pressões por parte dos especialistas e por parte dos observadores econômicos, ela se viu forçada a tirá-lo do cargo, o que será confirmado no ano que vem, quando a composição será feita de modo efetivo.