Dilma inicia seu segundo mandato com muitas incertezas
Por Victor Palandi
No dia 1º de janeiro de 2015, Dilma Rousseff tomou posse para seu segundo mandato como presidente da república, mas as diferenças em relação à sua primeira posse, em 1º de janeiro de 2011 foram gritantes.
Na época de sua primeira posse, Dilma recebeu a faixa presidencial de Lula, que entregou o governo em condições mais favoráveis em muitos aspectos, especialmente por conta do cenário econômico mundial.
No entanto, para o seu segundo mandato, Dilma Rousseff deverá, aparentemente, se ver diante de mais incertezas e dúvidas do que de certezas e soluções, já que o período é muito mais complicado.
Resumo:
As contradições
Se há muitas incertezas diante dos olhos de Dilma no início de seu segundo mandato, a verdade é que ela já iniciou este novo período com uma série de contradições, com medidas que ela jurou de “pé junto” que não tomaria durante a campanha presidencial.
Para começar, Dilma já anunciou alterações trabalhistas importantes, mexendo em direitos trabalhistas, com medidas que seriam extremamente impopulares durante a campanha.
Benefícios como seguro-desemprego e auxílio doença agora têm as regras de concessão muito mais endurecidas e muito mais rígidas do que eram até então, tornando mais difícil seu recebimento.
Além disto, a escolha dos ministros também foi um tanto diferente do que se esperava, já que os critérios mais técnicos, que eram esperados como promessas de campanha, infelizmente não foram vistos na prática.
As incertezas para o futuro
Com o escândalo da Petrobrás cada vez mais apontando para sua direção e para a direção de figurões do PT, Dilma passa a ter em seu futuro muitas incertezas, já que para alguns analistas mais radicais, já há material suficiente para um processo de impeachment.
Mas não é apenas por conta dos escândalos de corrupção que podem ficar mais próximos de sua figura que Dilma tem diante de si um futuro de incertezas para o seu segundo mandato.
Há também os problemas econômicos, já que o país já começa a sentir os claros sintomas de uma economia que inicia processo de entrada num período de recessão.
O crescimento econômico está baixo e as perspectivas são ainda menores, deixando o futuro ainda mais incerto no que diz respeito à economia, que é uma parte extremamente sensível da política brasileira.
Dilma ainda tem que conviver com a sombra de uma série de figurões do PT que começam a trazer mais problemas do que ajuda para a presidente.